Um cachorro surdo ganhou um novo lar após ser adotado por um casal com surdez em São Paulo. Rebatizado de Zoki, o animal tem aprendido comandos básicos em Língua Brasileira de Sinais (Libras) com os novos tutores, que decidiram acolhê-lo depois de acompanharem sua história nas redes sociais do Instituto Eliseu, em Santos (SP).
A bancária Mayara Batista Mangolin contou ao g1 que se apaixonou por Zoki ao ver as publicações do instituto, que mostravam a rotina do cão enquanto aguardava adoção. “Minhas ‘irmãs de coração’ me enviaram a informação pelo Instagram. Então procurei mais detalhes e encontrei o Zoki. Eu e meu marido não pensamos duas vezes. Nosso coração falou mais alto e decidimos ficar com ele”, disse.
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Ela e o marido, Jean Carlos Fenato de Oliveira, viajaram até Santos no dia 13 de setembro para buscá-lo em uma feira de adoção. “É a nossa primeira adoção como casal e estamos vivendo essa responsabilidade com muito amor”, completou Mayara. Desde a chegada, o casal vem se dedicando ao adestramento em Libras. “Ele já começou a entender e já sabe os sinais de ‘sentar’, ‘deitar’ e ‘esperar’. Não temos pressa; estamos ensinando com paciência e muito amor”, relatou a tutora.
O caso ganhou repercussão nacional após o Instituto Eliseu divulgar vídeos do novo momento de Zoki, que já havia viralizado em um registro no qual era acordado com um assopro. As imagens mais recentes ultrapassaram 30 milhões de visualizações.
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A presidente do instituto, Leila Abreu, explicou que o animal foi entregue no local no início de setembro. Embora uma mulher tenha dito que o encontrou na rua, a equipe desconfiou de abandono. “A gente percebeu claramente que o cachorro era dela e ela estava louca para se desfazer. Um cachorro desse não ficaria na rua há muito tempo, seria atropelado em minutos, porque ele é surdo”, disse.
Leila também relatou que desconfiou da surdez devido às características físicas do animal, como a pelagem branca e os olhos de cores diferentes. “Não é raro que cães ou gatos com essas características sejam surdos. Então, imediatamente, nós começamos a fazer testes até comprovar”, explicou.
Segundo a presidente, muitos se interessaram em adotar o cão pela aparência, mas a escolha foi criteriosa. “Por ser um animal branco, de olhos azuis e peludinho, ele é exatamente o que todo mundo quer. Então, somos mais criteriosos ainda”, afirmou.
O desfecho feliz emocionou a equipe. “Nós tivemos 30 milhões de visualizações, isso nos enche de orgulho. O que mais queremos é que, quando as pessoas notarem um animal que não interage, façam testes antes de julgar. Pode ser um caso de surdez”, ressaltou Leila.
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