Um grupo autodenominado “Reino de Kubala”, formado por três pessoas que viviam em uma floresta no condado de Scottish Borders, na Escócia, foi removido pelas autoridades locais após semanas de ocupação ilegal. Liderado por Kofi Offeh, de 36 anos, que se intitula “Rei Atehene”, o grupo incluía sua esposa, Jean Gasho (“Rainha Nandi”), e a jovem Kaura Taylor, de 21 anos, chamada de “Asnat”, considerada “serva” do casal.
Inicialmente, o grupo se instalou em um terreno privado próximo à cidade de Jedburgh, mas foi despejado por invasão. Em seguida, ocuparam um terreno público, onde permaneceram até serem retirados pelas autoridades em 2 de outubro. A ação foi registrada em vídeos e transmitida ao vivo, gerando grande repercussão nas redes sociais e na imprensa britânica.
Jean Gasho alegou que estavam vivendo em terras que, segundo eles, foram roubadas de seus ancestrais há 400 anos. As imagens da remoção mostram a presença de policiais e veículos oficiais, e os integrantes foram levados separadamente pelas autoridades.
A situação se agravou com a denúncia de Melba Whitehead, mãe de Kaura, que vive no Texas. Ela afirmou que a filha havia desaparecido em maio de 2025 e acusou o grupo de aliciá-la pela internet, aproveitando-se de sua vulnerabilidade emocional e financeira. Em um vídeo, Offeh chega a declarar: “Eu comprei você por um preço”, referindo-se à jovem.
Questionado se liderava um culto, Offeh respondeu com declarações messiânicas, afirmando ser o “Rei de Kubala” e que todos se curvam diante dele por escolha, não por coação. Ele também defendeu a “lavagem cerebral” como algo positivo, desde que feita “pela fonte certa”.
O caso provocou debate sobre manipulação psicológica, seitas e reivindicações territoriais históricas. As autoridades britânicas seguem investigando o episódio e possíveis implicações legais.