Uma casa de luxo avaliada em US$ 1,5 milhão, pertencente à juíza Diane Goodstein, foi completamente destruída por um incêndio na manhã de 4 de outubro, em Edisto Beach, Carolina do Sul. O caso ganhou repercussão por ocorrer poucas semanas após a magistrada emitir uma decisão judicial que contrariava o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, então sob liderança de Donald Trump.
O incêndio começou após uma aparente explosão, segundo informações preliminares. Três pessoas ficaram feridas, incluindo o ex-senador estadual Arnold “Arnie” Goodstein, marido da juíza, que estava na residência com crianças e possivelmente netos. Para escapar das chamas, os ocupantes precisaram saltar do primeiro andar elevado. Devido à localização isolada do imóvel, os bombeiros usaram caiaques para resgatar os feridos, que foram encaminhados ao hospital com fraturas e outros ferimentos.
Diane Goodstein não estava na casa no momento do incidente, pois se encontrava na praia. A investigação está sendo conduzida pela Divisão de Aplicação da Lei do Estado da Carolina do Sul (SLED), que ainda não confirmou se o incêndio foi acidental ou criminoso. A diretora de informações públicas da SLED, Renée Wunderlich, afirmou que a apuração segue em andamento.
O episódio ocorre em meio a tensões envolvendo a juíza, que em 2 de setembro bloqueou judicialmente uma solicitação do governo Trump para acessar dados pessoais de mais de 3,3 milhões de eleitores da Carolina do Sul. A intenção da administração era cruzar essas informações com registros de não cidadãos, alegando combater fraudes eleitorais. No entanto, a juíza argumentou que a liberação dos dados poderia causar “dano imediato e irreparável” à privacidade dos eleitores.
Fontes próximas à magistrada revelaram que ela já recebeu diversas ameaças de morte ao longo dos anos, o que levanta suspeitas sobre uma possível motivação política por trás do incêndio.