A nova temporada da série Monstro, da Netflix, tem causado grande repercussão desde sua estreia, ao focar na vida de Ed Gein, um dos criminosos mais perturbadores da história dos Estados Unidos. Conhecido por seus crimes macabros, que incluíam desenterrar cadáveres e usar partes de corpos humanos para confeccionar objetos, Gein inspirou personagens icônicos do terror como Norman Bates (Psicose) e Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica).
Logo nos primeiros cinco minutos da série, os espectadores se deparam com cenas altamente perturbadoras, como o personagem de Gein (interpretado por Charlie Hunnam) vestindo roupas íntimas femininas, com um cinto no pescoço, em um ato de masturbação. Em outra sequência, ele aparece nu ao lado da mãe, que lê passagens bíblicas. Essas cenas geraram grande desconforto entre o público, levando alguns internautas a afirmarem que “precisam de terapia” após assisti-las.
Nas redes sociais, muitos questionaram a veracidade dessas representações, com críticas à liberdade criativa do produtor Ryan Murphy. Alguns espectadores também reclamaram do ritmo da narrativa e da escolha do elenco, enquanto outros elogiaram a conexão com obras clássicas do terror e a abordagem ousada da série.
Ed Gein, nascido em 1906, teve uma infância marcada pelo isolamento e pela influência opressora de sua mãe, Augusta. Após a morte dela, em 1945, ele passou a violar túmulos e colecionar restos humanos. Quando foi preso, em 1957, a polícia encontrou sua casa repleta de artefatos feitos com pele e ossos humanos.
A série mistura fatos reais com elementos ficcionais de forma provocadora, reacendendo o debate sobre os limites da representação artística de crimes reais. Monstro: A História de Ed Gein está disponível na Netflix e continua dividindo opiniões entre o público, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre ética, sensacionalismo e fidelidade histórica.