Uma luxuosa mansão avaliada em US$ 20 milhões foi construída no topo do arranha-céu Kingfisher Towers, em Bengaluru, na Índia, mas permanece vazia e pode nunca ser habitada por seu dono, o empresário Vijay Mallya. Inspirada na Casa Branca, a residência conta com heliponto, piscina de borda infinita, jardins suspensos e um amplo deck com vista panorâmica, tudo a 120 metros de altura.
A construção foi um desafio de engenharia, realizada pela empresa Prestige Estates Projects. Irfan Razack, presidente da companhia, destacou a complexidade da obra, especialmente por ser erguida em uma estrutura em balanço no topo do edifício. Embora os acabamentos ainda estejam sendo finalizados, a entrega da mansão está prevista conforme o contrato.
Apesar de todo o luxo, Mallya nunca chegou a ocupar o imóvel. O empresário, que fez fortuna com a marca de cervejas Kingfisher e teve envolvimento na Fórmula 1 e no setor aéreo, enfrenta acusações de fraude e lavagem de dinheiro. Desde que deixou a Índia, ele vive no Reino Unido e responde a um processo de extradição movido pelo governo indiano.
A mansão, que gerou polêmica desde o início da construção, tornou-se símbolo de ostentação e impunidade. Em 2023, o então ministro britânico de Segurança, Tom Tugendhat, reiterou que o Reino Unido não pretende ser refúgio para foragidos da justiça, embora tenha ressaltado que os trâmites legais devem ser respeitados.
Enquanto o impasse judicial persiste, a mansão permanece desocupada, acumulando poeira e chamando atenção como uma das construções mais extravagantes e controversas do país. O governo indiano continua tentando recuperar os ativos de Mallya, mas não há previsão de quando – ou se – alguém irá habitar a “mansão no céu”.