Os irmãos gêmeos Gali e Ziv Berman, de nacionalidade teuto-israelense, voltaram a se encontrar nesta segunda-feira (13/10), após mais de dois anos separados. Eles estavam entre os últimos 20 reféns israelenses libertados pelo grupo palestino Hamas, como parte de um acordo de paz para a Faixa de Gaza, com apoio dos Estados Unidos. O reencontro foi registrado em uma imagem divulgada pelas Forças Armadas de Israel.
Os dois jovens, de 28 anos, foram capturados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, em uma cidade israelense próxima à fronteira, e permaneceram em cativeiro separados por 738 dias. Entre os libertados nesta segunda, quatro possuem dupla cidadania teuto-israelense.
Ainda como parte do acordo, está prevista a devolução dos corpos de 28 reféns mortos, embora até a tarde de segunda-feira não houvesse confirmação sobre quando isso ocorreria.
O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, celebrou a libertação, classificando-a como “o início da cura e um passo rumo à paz no Oriente Médio”. Em publicação na rede X, ele escreveu: “Finalmente. Após 738 dias, os reféns voltam para casa – inclusive os cidadãos alemães. Foram dois anos de sofrimento, medo e esperança. Hoje, as famílias podem abraçar seus entes queridos novamente”. Merz também destacou a importância de que os corpos dos reféns mortos retornem para que suas famílias possam se despedir de forma digna.
Merz participou da cerimônia de assinatura do acordo de paz, realizada no resort egípcio de Sharm el-Sheikh, três dias após o início do cessar-fogo. O evento contou com a presença de mais de uma dezena de líderes mundiais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. Também estiveram presentes o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.
Durante a cerimônia, estava prevista a assinatura do plano de paz por Trump, pelo presidente do Egito, Abdel-Fattah al-Sisi, pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, e pelo emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e o ministro do Exterior, Johann Wadephul, também comemoraram a libertação. Steinmeier escreveu aos reféns libertados manifestando esperança de que consigam superar os traumas vividos. Wadephul, por sua vez, afirmou que o momento é de alegria, mas também de pesar, pois nem todos os reféns retornaram com vida.