
Em outubro de 2015, Jonathan Buckelew, então com 24 anos, teve sua vida drasticamente alterada após uma visita a um quiropraxista nos Estados Unidos. Durante a sessão, ele começou a apresentar sintomas como tontura e confusão mental, sendo levado rapidamente ao hospital North Fulton, na Geórgia. Apesar dos sinais claros, os médicos não diagnosticaram um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e Jonathan ficou mais de 12 horas sem tratamento adequado.
A negligência resultou em uma condição neurológica grave conhecida como síndrome do encarceramento, em que a pessoa permanece consciente, mas completamente paralisada, sendo capaz de se comunicar apenas com movimentos oculares. Desde então, Jonathan depende integralmente de cuidados médicos e familiares para sobreviver.
Seu pai, Jack Buckelew, relatou à imprensa os desafios diários enfrentados pela família. A casa foi adaptada para atender às necessidades do filho, incluindo uma sala de fisioterapia e um aquário, onde Jonathan passa horas observando os peixes. Apesar da dor, Jack destaca a força de vontade do filho e a dedicação da família em proporcionar qualidade de vida.
O caso resultou em uma indenização histórica de 75 milhões de dólares por negligência médica. O advogado da família, Lloyd Bell, explicou que houve falhas graves na interpretação dos exames e na aplicação dos protocolos médicos. Segundo ele, a paralisia de Jonathan era evitável, caso os profissionais tivessem seguido os procedimentos corretos.
O drama de Jonathan Buckelew evidencia os riscos de falhas no sistema de saúde e levanta questões importantes sobre responsabilidade médica. Hoje, ele vive com limitações extremas, mas cercado pelo amor e empenho de sua família, que luta para garantir dignidade e bem-estar em meio a um cenário irreversível.