Em meio a crescentes tensões internacionais, o líder norte-coreano Kim Jong-un apresentou ao mundo o Hwasong-20, um novo míssil balístico intercontinental descrito como o mais poderoso armamento nuclear já desenvolvido pelo regime. A revelação ocorreu durante uma parada militar em Pyongyang, onde tropas e veículos armados desfilaram diante de uma multidão e de autoridades estrangeiras, incluindo representantes da China, Rússia, Laos e Vietnã.
O míssil, capaz de atingir alvos a milhares de quilômetros, representa uma clara demonstração de força e um recado direto à comunidade internacional. Kim declarou que as Forças Armadas da Coreia do Norte devem continuar evoluindo até se tornarem “uma força invencível”.
A exibição também reforça os laços entre Pyongyang e países aliados, especialmente em um momento em que o regime norte-coreano tem colaborado com a Rússia na guerra da Ucrânia. Há relatos de que soldados norte-coreanos foram enviados para o front russo, com muitos não retornando, o que levanta preocupações sobre a profundidade dessa aliança militar.
Além da demonstração bélica, o regime tem intensificado medidas internas de repressão, com investigações sobre comportamentos considerados “anti-socialistas”. Uma das ações mais controversas é a perseguição a mulheres com implantes de silicone, vistos como símbolos de influência capitalista. Agentes estariam vasculhando comunidades em busca de violações dessas normas.
Durante uma visita recente à Rússia, Kim Jong-un teria ordenado que sua equipe eliminasse qualquer vestígio de DNA nos locais por onde passou, limpando móveis e recolhendo objetos tocados, em uma tentativa extrema de evitar possíveis análises biológicas.
A exibição do Hwasong-20 e a presença de aliados estratégicos reforçam o posicionamento da Coreia do Norte como uma potência militar em ascensão, disposta a desafiar sanções e pressões internacionais para afirmar sua soberania e influência geopolítica.