Durante uma reunião virtual da Congregação da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ocorrida em 6 de outubro, o estudante Pedro São Paulo, presidente do Centro Acadêmico Ruy Barbosa (CARB), dirigiu ofensas à professora Juliana Damasceno, vice-coordenadora do curso. Diante dos demais participantes, ele a chamou de “vadia” três vezes, em um episódio marcado por misoginia e desrespeito.
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Juliana, que atua há duas décadas como advogada criminalista, compartilhou o ocorrido em suas redes sociais no dia 15 de outubro. Segundo ela, a violência verbal a deixou inicialmente sem reação, mas decidiu tornar o caso público para alertar sobre a gravidade das agressões de gênero no espaço acadêmico.
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A docente relatou que foi interrompida e atacada verbalmente enquanto levantava uma questão de ordem durante a reunião. Em seu posicionamento, afirmou que conquistou sua posição por mérito e reforçou que a luta contra o machismo deve ser coletiva. Para ela, mesmo mulheres que se identificam com o termo usado de forma pejorativa merecem respeito.
O vídeo com os xingamentos circula nas redes sociais e gerou ampla repercussão. Juliana anunciou que tomará medidas legais contra o estudante, tanto na esfera cível quanto criminal, para que haja responsabilização pelo ocorrido.
Pedro São Paulo participou do encontro como representante estudantil. Em seu perfil online, ele se identifica como estagiário de Direito na Procuradoria-Geral do Município de Salvador, com experiências no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) e no Ministério Público estadual (MPBA).
A comunidade acadêmica e o público em geral reagiram com indignação ao episódio, demonstrando solidariedade à professora e exigindo providências severas contra o estudante. O caso reacende discussões sobre o machismo e o assédio moral em instituições de ensino superior.
