Morgan Farr Varney, uma ex-agente penitenciária de 25 anos, ganhou destaque no Reino Unido após ser condenada a dez meses de prisão por manter um relacionamento amoroso com um detento na prisão HMP Lindholme, de segurança média. O caso reacendeu discussões sobre a idade mínima para trabalhar em instituições prisionais. Câmeras de segurança registraram o momento em que ela entrou em um armário com o preso, e cartas de amor escritas por ela foram encontradas na cela dele.
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Menos de um ano após ingressar no sistema carcerário, Farr Varney foi presa. Ela afirmou em depoimento que estava genuinamente apaixonada pelo detento. Após ser solta sob fiança, pediu demissão e o prisioneiro foi transferido. Durante o cumprimento da pena, ela decidiu iniciar uma campanha para aumentar a idade mínima exigida para atuar como agente penitenciário, que hoje permite candidatura a partir dos 17 anos e entrada em serviço aos 18.
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Em uma petição no site Change.org, Farr Varney afirmou que começou o trabalho cheia de entusiasmo, mas sem preparo emocional para lidar com as pressões do ambiente prisional. Ela relatou que foi gradualmente manipulada e perdeu a capacidade de reconhecer os limites do comportamento aceitável.
A ex-agente revelou que a experiência lhe causou traumas profundos, incluindo a perda de três anos de sua vida e a defesa de alguém que a manipulava. Segundo ela, faltava um ambiente seguro para expressar dúvidas ou pedir ajuda, e isso contribuiu para o desfecho trágico de sua história.
Ela reconhece sua responsabilidade, mas aponta falhas estruturais no sistema que, segundo ela, coloca jovens inexperientes em posições de autoridade sem o suporte necessário. Farr Varney acredita que, com mais maturidade e treinamento, sua história teria sido diferente.
A petição já ultrapassou 300 assinaturas, e ela espera que sua iniciativa leve a uma mudança na legislação. O Serviço Prisional britânico declarou que a maioria dos agentes age corretamente, e que medidas de controle vêm sendo reforçadas para coibir condutas inadequadas.
Outro caso semelhante envolveu Linda De Sousa Abreu, de 30 anos, ex-agente do HMP Wandsworth, flagrada em vídeo em ato sexual com um preso. Ela foi condenada a 15 meses de prisão após admitir má conduta no cargo.