Após ser demitido durante a pandemia de 2020 e perder a casa onde morava, Arkeem Sturgis, de 33 anos, viu sua vida mudar completamente. Pai de seis filhos, o americano de Jacksonville, na Flórida (EUA), chegou a viver com a esposa na casa de amigos antes de começar uma nova trajetória como empreendedor.
“Foi um ano muito, muito, muito difícil… manter minha família unida e sorrindo durante todo esse processo foi muito”, declarou Sturgis à Fortune.
Durante cinco anos, ele buscou se reerguer depois de deixar a empresa de próteses maxilares onde trabalhava. Sem perspectivas imediatas, apostou nas habilidades manuais que sempre teve e decidiu se qualificar. Primeiro, se matriculou em um curso de carpintaria e, em seguida, concluiu uma formação na área de aquecimento e refrigeração.
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Enquanto se preparava, conciliava jornadas exaustivas. “Em um momento, eu estava trabalhando 10 horas durante a noite, saindo às sete da manhã, entrando no meu negócio às 8h, e trabalhando mais 8 a 10 horas. Depois ia dormir e fazia tudo de novo”, contou.
O início foi com montagem de móveis, pequenos consertos hidráulicos e reparos domésticos. Aos poucos, o serviço de “marido de aluguel” começou a crescer, impulsionado pela dedicação de Arkeem e por um empurrão decisivo em 2024. Ao concluir o curso do Home Builders Institute (HBI), ele conheceu o instrutor Steven “Papa Steve” Everitt, que acreditou em seu potencial e o ajudou a dar o primeiro passo como empreendedor.
“Ele literalmente me comprou uma caminhonete. A caminhonete custou US$ 800… e ele se importava mais com o meu sucesso do que com o dinheiro que pagou”, recordou Sturgis.
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O resultado foi imediato. No mesmo ano, Sturgis recebeu o prêmio Chairman’s Award do HBI e ganhou uma viagem com todas as despesas pagas para Las Vegas. Desde então, a empresa que começou com pequenos reparos se tornou uma operação estável, com faturamento anual previsto para ultrapassar US$ 100 mil, o equivalente a mais de R$ 550 mil.
Hoje, Arkeem defende que trabalhos manuais sejam vistos como uma oportunidade real de sucesso profissional. “Nem todo mundo vai ser historiador, nem todo mundo vai ser médico, nem todo mundo vai ser advogado. Algumas pessoas querem trabalhar com as mãos”, disse.
O empresário também critica o modo como o sistema educacional trata as profissões técnicas. “O sistema falha em preparar as pessoas para a economia real e não mostra as oportunidades que existem. Trabalhar em atividades manuais não deveria ser um estigma”, afirmou.
Para ele, a nova geração precisa enxergar nesses ofícios uma forma de conquistar independência. “Quando você explica à geração mais jovem que se pode ganhar perto de seis dígitos em apenas alguns anos de trabalho nos serviços gerais, isso desperta o interesse deles. E eles pensam: ‘Espere um minuto. Então você quer dizer que eu posso sujar minhas mãos e ganhar todo esse dinheiro?’ Sim, você pode”, finalizou.
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