O norte-americano Kenny Thorley, de 50 anos, sobreviveu a um ataque cardíaco após ficar 45 minutos sem batimentos cardíacos durante uma viagem com o filho mais novo ao estado do Novo México, nos Estados Unidos. O episódio aconteceu em 18 de janeiro, enquanto ele acompanhava Cody, de 17 anos, em uma visita a uma universidade onde o jovem havia recebido uma proposta de bolsa esportiva.
Ex-militar e ex-diretor de uma escola, Kenny desmaiou de forma repentina durante o passeio pelo campus. “Meu irmão ouviu um barulho e achou que fosse uma cadeira caindo. Quando olhou, viu meu pai no chão. Quando o viraram, ele não tinha pulso”, contou a filha mais velha, Madisen Franklin, em entrevista à People.
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Enquanto os socorristas não chegavam, pessoas que estavam no local iniciaram a reanimação cardiopulmonar e mantiveram as compressões por cerca de 20 minutos. Quando a ambulância chegou, os paramédicos aplicaram choques e medicamentos até conseguir reverter a parada cardíaca, 45 minutos depois do colapso.
Kenny foi levado ao hospital de Silver City, no Novo México, e depois transferido para um centro médico em El Paso, no Texas, por conta da gravidade do quadro. Os exames mostraram três grandes obstruções nas artérias do coração. Os médicos tentaram implantar um stent, mas o estado de saúde era tão crítico que ele precisou ser levado a Phoenix, no Arizona, para uma cirurgia cardíaca de emergência. “A gente pesquisou e viu que ele tinha apenas 5% de chance de sobreviver. Mesmo se saísse do suporte de vida, não sabíamos se ele teria função cerebral por causa do tempo em que ficou sem oxigênio”, contou Madisen.
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Nas semanas seguintes, Kenny enfrentou uma série de complicações, incluindo pneumonia, sepse e cetoacidose diabética. Passou 38 dias internado na unidade de terapia intensiva. Quando começou a despertar, a família não sabia o que esperar. “Quando ele abriu os olhos pela primeira vez, parecia não reconhecer ninguém. Eu pensei: ‘meu Deus, ele não é mais o mesmo’. Mas, aos poucos, ele começou a reagir”, relembrou a filha.
Após quase três meses de internação e reabilitação intensiva, Kenny recebeu alta no dia 20 de abril, dia em que completou 51 anos. “Ele ainda não anda, fala ou come sozinho, mas continua sendo o mesmo pai de sempre, brincalhão, amoroso e o centro da família”, disse a filha.
A esposa, Charity, hoje atua como cuidadora em tempo integral. “O maior desafio é ele não conseguir andar, falar ou se alimentar. Além disso, os dois estão sem trabalhar desde janeiro, o que gerou um impacto financeiro enorme. Mas ele segue com o mesmo bom humor e vontade de viver”, afirmou.
A família criou um perfil nas redes sociais e uma campanha no GoFundMe para compartilhar o progresso da recuperação. Os vídeos publicados por Madisen já alcançaram milhões de visualizações. “Recebo mensagens de enfermeiros que cuidaram dele e se emocionam ao ver o quanto ele evoluiu. Quando o deixaram na UTI, ele ainda lutava pela vida. Agora, ele sorri, faz piadas e interage com a gente. É inacreditável”, declarou.
Mesmo com as limitações, Kenny se mantém o mesmo, segundo a filha. “Ele perdeu o emprego, a casa e parte da autonomia, mas ainda é o homem que sempre foi. Ele nos inspira todos os dias. Quando os médicos disseram que ele tinha 5% de chance de viver, achamos que era o fim. Mas ele voltou. Ele ainda está aqui e é isso que importa”, finalizou.
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