
Jennifer Cahill, de 34 anos, residente em Greater Manchester, no Reino Unido, faleceu quatro dias após dar à luz sua filha Agnes em casa. A bebê também não resistiu, morrendo poucas horas após o nascimento. A tragédia ocorreu durante um parto domiciliar planejado por Jennifer, que optou por evitar qualquer tipo de intervenção médica. O caso está sendo investigado judicialmente e levanta preocupações sobre a segurança de partos de alto risco fora do ambiente hospitalar.
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No dia 2 de junho do ano anterior, as parteiras Andrea Walmsley e Julie Turner foram chamadas para acompanhar o parto. Ao chegarem, encontraram Jennifer em um ambiente escuro e relataram que seu plano de parto era o mais rigoroso que já haviam presenciado. Jennifer recusou exames, medicamentos e até mesmo uma injeção importante para evitar hemorragias, comunicando-se quase exclusivamente com seu marido, Rob Cahill.
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O parto ocorreu conforme o desejo de Jennifer, sem uso de analgésicos ou suporte clínico. Entretanto, na manhã seguinte, a recém-nascida foi encontrada inconsciente e não pôde ser reanimada. Jennifer também foi levada ao hospital em estado grave, mas não resistiu. Após o ocorrido, hospitais locais passaram a considerar partos domiciliares em casos de alto risco como contraindicados.
A investigação revelou que Jennifer havia enfrentado um parto complicado com seu primeiro filho, Rudy, incluindo hemorragia severa e infecção. Essa experiência traumática influenciou sua decisão de evitar hospitais. Rob relatou que sua esposa se sentia mais segura em casa, acreditando que teria maior controle sobre o processo.
A parteira Walmsley afirmou que não foi informada sobre o histórico médico de Jennifer. Já a obstetra Azal El-Adwan disse que alertou a paciente sobre os riscos, mas que não era comum mencionar a possibilidade de morte. Jennifer insistiu em seguir com o parto em casa, mesmo após ser orientada a tomar precauções.
A linguagem usada pelas equipes médicas também foi questionada, por evitar termos diretos como “risco de morte”, o que pode ter dificultado uma decisão mais informada. A causa da morte de Jennifer ainda está sendo apurada, enquanto o inquérito examina possíveis falhas de comunicação e protocolo.