
Por mais de 20 anos, a Estação Espacial Internacional simbolizou a colaboração global em ciência e engenharia, orbitando a Terra a 400 km de altitude e servindo como lar temporário para astronautas de mais de 20 nações. Agora, a NASA anunciou oficialmente que a estação será desativada em 2030 e guiada até seu destino final: o remoto Ponto Nemo, no Oceano Pacífico.
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Com o tempo, os componentes da estação sofreram desgaste natural devido às variações térmicas extremas do espaço. Estruturas metálicas se deterioraram e sistemas eletrônicos ultrapassaram sua vida útil prevista. Apesar disso, a estação resistiu a inúmeros desafios, incluindo tempestades solares e tensões geopolíticas. Quando sua última missão se encerrar, uma nave especializada executará manobras de desaceleração para reduzir sua órbita, fazendo com que ela reentre na atmosfera terrestre.
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Durante a reentrada, parte da estrutura se queimará na atmosfera, criando um espetáculo de luzes. O que restar cairá no Ponto Nemo, uma área desabitada a mais de 2.700 km da Antártida. O local, conhecido como o “cemitério espacial”, já recebeu mais de 260 objetos espaciais, como restos das estações Mir e Progress.
O Ponto Nemo foi identificado em 1992 pelo engenheiro croata Hrvoje Lukatela, que o nomeou em homenagem ao personagem de Júlio Verne. A região é extremamente isolada e pobre em vida marinha, tornando-se ideal para a queda de estruturas espaciais sem risco para a população.
A operação de desativação será coordenada por agências espaciais dos EUA, Rússia, Europa, Japão e Canadá. Segundo Ken Bowersox, diretor da NASA, essa etapa marcará um momento simbólico e histórico, com a escolha de uma nave de desorbitagem garantindo uma transição segura.
A Estação Espacial Internacional foi palco de avanços científicos notáveis, como cultivo de plantas, impressão de órgãos humanos em 3D e testes em microgravidade. Após sua aposentadoria, novas iniciativas lideradas por empresas privadas e colaborações internacionais ocuparão seu lugar em órbita.
No silêncio do Ponto Nemo, descansarão os fragmentos da estação, testemunhas de uma era em que a humanidade ousou viver entre as estrelas.