Loic De Marie, um belga diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial, chamou atenção nas redes sociais ao compartilhar um episódio marcante de sua infância que revelou traços de psicopatia. Desde então, ele tem falado abertamente sobre como sua mente funciona, contribuindo para o debate sobre esse transtorno frequentemente mal compreendido.
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Especialistas afirmam que indivíduos com esse tipo de transtorno têm uma percepção emocional distinta, marcada por impulsividade, pouca empatia e dificuldade em se conectar com os sentimentos alheios. No caso de Loic, o momento decisivo ocorreu em um dia aparentemente comum, enquanto brincava com sua irmã mais nova perto da piscina da família.
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Durante entrevista ao canal People Are Deep, Loic contou que, ao ver sua irmã cair na piscina, não sentiu medo nem preocupação. Ele apenas observou a cena com indiferença. Após alguns segundos, decidiu ajudá-la estendendo um taco de golfe de brinquedo, permitindo que ela se agarrasse e voltasse à segurança.
A mãe, ao presenciar a situação pela janela, correu em pânico até os filhos e questionou por que Loic não havia pulado para salvá-la, já que sabia nadar. A resposta dele foi fria: “Minhas roupas estão limpas”. Essa frase impactou profundamente a mãe, revelando uma ausência de emoção que se tornaria um sinal evidente do transtorno.
O comportamento descrito por Loic reflete características comuns do transtorno de personalidade antissocial, como reações emocionais reduzidas, falta de ansiedade diante do perigo e decisões baseadas em lógica fria, sem envolvimento afetivo. Essas atitudes são frequentemente confundidas com maldade, mas têm origem em uma estrutura psicológica distinta.
Segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, pessoas com esse transtorno tendem a agir sem medir consequências, manipular os outros e demonstrar pouca empatia. Loic afirma que só compreendeu plenamente sua condição anos depois, quando recebeu o diagnóstico e passou a abordar o tema publicamente.
Hoje, ele utiliza suas redes sociais como ferramenta de conscientização, buscando esclarecer mitos sobre psicopatia e mostrar que nem todos os que convivem com esse transtorno estão ligados a comportamentos violentos ou criminosos.