
O clima em Houston, Texas, está cada vez mais tenso após a descoberta do 16º corpo em um bayou da cidade apenas neste ano. A sequência de mortes semelhantes tem levantado suspeitas entre os moradores de que um assassino em série possa estar agindo na região, embora as autoridades neguem essa possibilidade.
++ Tecnologia de inteligência artificial cria nova forma de ganhar dinheiro passivamente
O prefeito John Whitmire tem sido alvo de críticas por parte da população, que o acusa de tratar o assunto com descaso. Em entrevista coletiva, Whitmire declarou que não há qualquer evidência de que um serial killer esteja em atividade em Houston. Segundo ele, os casos estariam majoritariamente ligados a fatores como dependência química, consumo de álcool e à condição de moradores de rua. “Infelizmente, quando essas pessoas morrem, muitas acabam nos bayous”, afirmou.
++ Jovem de 21 anos morre após confundir sintomas com gripe comum e família faz alerta
No entanto, familiares das vítimas contestam essa versão. Lauren Freeman, prima de uma das pessoas encontradas mortas, acusou o prefeito de manipular a opinião pública da cidade, comparando sua postura a uma forma de “gaslighting”, termo usado para descrever manipulação emocional. Para ela, há algo muito mais grave por trás das mortes.
Um dos casos que mais chamou atenção foi o de Kenneth Cutting Jr., que desapareceu após sair com amigos em junho. Dias depois, seu corpo foi localizado em um canal. Embora a autópsia não tenha indicado sinais de agressão e o exame toxicológico não tenha detectado drogas, os familiares não acreditam que tenha sido um acidente.
O pai de Kenneth, Kenneth Cutting Sr., declarou à Fox News Digital que é improvável que todas essas mortes tenham sido suicídios ou acidentes. “É absurdo. Foram muitos casos em apenas três anos”, afirmou. Lauren Freeman ainda sugeriu que criminosos podem estar se aproveitando do calor e da decomposição rápida na água para ocultar provas.
Outro caso que gerou comoção foi o de Anthony Curry. Seu corpo também foi encontrado em um bayou, e o laudo apontou afogamento acidental, com presença de PCP e álcool. Mesmo assim, sua irmã, Alexis Curry, não aceita essa explicação. “Esse não era o meu irmão. Ele jamais faria isso”, disse.
Apesar de as autoridades insistirem que não há indícios de um crime em série, a pressão por investigações mais profundas segue crescendo entre os moradores e familiares das vítimas.