A norte-americana Mara, mãe de seis filhos, viveu momentos de desespero em South Texas, nos Estados Unidos, quando a filha de 2 anos quase morreu afogada em uma piscina enquanto ela trocava a fralda do bebê mais novo. O acidente levou o Child Protective Services (CPS), órgão de proteção infantil do estado, a abrir uma investigação por possível negligência contra a família.
Naquele dia, a família havia ido à casa de amigos para se refrescar no calor. Mara contou à revista People que, enquanto os filhos brincavam na água, entrou por alguns minutos para cuidar do bebê de 3 meses. “Eu disse: ‘Ei, pode ficar de olho nas crianças na piscina’. Fiquei fora por uns 10 minutos e voltei quando todos começaram a gritar”, relatou.
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Ao sair, ela encontrou a filha de 2 anos, Sunny, caída no chão, com o corpo completamente azul. A menina, que não sabia nadar e não usava colete salva-vidas, havia se afogado. “Eu só comecei a gritar e a chorar, e liguei para o 911. Eu estava em choque, dizendo: ‘Eu não entendo como isso aconteceu. Eu não sei o que está acontecendo’”, relembrou.
Os paramédicos chegaram rapidamente e conseguiram reanimar a criança, que foi levada para um hospital infantil da região. “Os médicos, enfermeiros, todo mundo correu para começar a trabalhar nela”, disse Mara. No dia seguinte, ela publicou um registro nas redes sociais agradecendo pela recuperação da filha: “Sunny caiu em uma piscina e foi encontrada boiando de bruços. Felizmente, conseguiram fazê-la respirar novamente. Ela foi internada e está indo muito bem”.
Durante a internação, a família foi abordada por uma assistente social. No fim da conversa, Mara foi informada de que o caso seria reportado ao Child Protective Services por “supervisão negligente”, já que o afogamento é considerado um acidente evitável. “Eu fiquei bem com isso. Estava com raiva do pai dela por não ter olhado, queria que ele fosse preso. Mas depois, refletindo, foi assustador ouvir que o CPS estaria envolvido, porque você não sabe o que isso significa”, afirmou.
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Horas depois, agentes do CPS foram até a casa da família. “Eu pensei: ‘Meu Deus, eles estão vindo para levar todas as nossas crianças’. Eu não sabia o que esperar”. A primeira visita foi breve, os agentes quiseram ver todas as crianças e orientaram que Sunny fosse levada ao pediatra.
No dia seguinte, o órgão retornou para entrevistar os filhos mais velhos, tirar fotos dos quartos, da geladeira e da despensa. “Eles ficaram por cerca de seis horas”, contou. Em seguida, o casal recebeu um plano de segurança que deveria ser cumprido por 30 dias, determinando que o pai das crianças não poderia ficar sozinho com elas nem dirigir para levá-las à escola. “Eu tinha seis filhos para levar à escola e aonde precisassem ir sozinha. Foi muito desafiador”, relatou.
Durante a investigação, o casal participou de aulas obrigatórias sobre segurança aquática e parentalidade. Mara e a filha mais velha iniciaram sessões de terapia, enquanto agentes do CPS realizavam visitas surpresa à casa. “Causou muita ansiedade em todos, a sensação de estarmos sendo observados. As crianças ficaram assustadas, achavam que poderiam ser levadas”, afirmou.
A mulher contou que a filha de 12 anos chegou a temer contar a verdade durante a entrevista. “Ela queria mentir porque estava com medo de dizer que o pai era quem deveria estar olhando a Sunny. E eu disse: ‘Eles já sabem, apenas diga a verdade, não há motivo para mentir’“, disse.
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Cerca de cinco semanas após o acidente, a família recebeu uma carta informando que o caso havia sido encerrado por falta de provas de negligência. Apesar do alívio, Mara confessou ter ficado dividida com a decisão: “Minha filha quase morreu. O castigo foi fazer aulas de pais, aprender RCP? Não parecia que o castigo se encaixava no erro”.
Hoje, Mara compartilha sua história nas redes sociais para alertar outras famílias sobre os riscos de acidentes domésticos. “Talvez as pessoas não se sintam à vontade para falar sobre isso, mas quero dividir para que não aconteça mais. Aprendi a aceitar as críticas e ficar em paz com isso. Quero mudar a narrativa! Sim, algo trágico aconteceu, mas ela sobreviveu, e somos gratos por isso. Agora precisamos pensar no que todos podemos aprender com isso”, finalizou.
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