A norte-americana Ashlynn Moss, de 30 anos, passou por uma cirurgia em junho de 2024, em Utah, para doar parte do fígado ao filho, Luka, de 7 meses. O bebê havia sido diagnosticado com atresia biliar, uma doença rara que bloqueia os ductos responsáveis por drenar a bile do fígado e o levou à beira da morte.
Luka nasceu em novembro de 2023, aparentemente saudável. Porém, menos de uma semana após a alta hospitalar, a mãe notou que a pele e os olhos do recém-nascido apresentavam um tom amarelado. “Ele parecia perfeito quando nasceu. Não tínhamos ideia de que algo estava errado até que a icterícia piorou”, contou Ashlynn à People.
Os exames revelaram uma obstrução nos canais biliares, que impedia o fluxo normal da bile e comprometia o funcionamento do fígado. O diagnóstico foi de atresia biliar, condição que pode evoluir rapidamente para insuficiência hepática se não tratada.
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Com apenas 18 dias de vida, Luka passou por uma cirurgia conhecida como procedimento de Kasai, em que os médicos conectam o fígado diretamente ao intestino para permitir a drenagem da bile. O tratamento, porém, não surtiu efeito. “Foi devastador vê-lo piorar e precisar de tantas intervenções médicas”, disse a mãe.
Em poucos meses, o bebê passou a depender de uma sonda alimentar e foi incluído na lista de espera para transplante de fígado. Segundo Ashlynn, a situação se agravou rapidamente. “Naquele ponto, ele estava em estágio terminal de falência hepática. Você conseguia sentir o cheiro de como ele estava doente. Era um cheiro metálico, apodrecido. Foi apavorante”, relatou.
Após uma tentativa frustrada de transplante devido a um atraso de voo do doador, a notícia que a família esperava chegou três semanas depois: Ashlynn era compatível. Mesmo tendo passado por uma cesariana sete meses antes, ela não hesitou. “Eu sabia que tinha que ser eu. Estava pronta para fazer o que fosse preciso para dar a ele outra chance de viver”, afirmou.
A cirurgia durou seis horas. Quando acordou, a mãe foi informada de que tudo havia ocorrido bem. “Três dias depois, eu já estava tomando shakes de proteína para ajudar meu fígado a se regenerar e a caminho de ver o Luka”, contou.
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O transplante foi um sucesso. Após 40 dias de internação, mãe e filho receberam alta. Os exames mostraram que o órgão do bebê funcionava normalmente. “Ver o Luka crescer e alcançar seus marcos de desenvolvimento é um sonho realizado. Ele está feliz, saudável e fazendo tudo o que um bebê normal faz. Não damos nenhum dia por garantido”, disse Ashlynn.
Mais de um ano após o nascimento do filho, ela afirma que o procedimento não deixou sequelas e que o vínculo entre os dois se tornou ainda mais forte. “Estamos curados, prosperando e ligados para sempre. Ele realmente é o meu menino de sol”, declarou.
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