O chef britânico Mat Kelly, de 42 anos, recebeu um diagnóstico inesperado enquanto trabalhava na abertura de um restaurante em Chicago, nos Estados Unidos. Durante esse período, ele notou um caroço no peito, mas foi apenas ao perceber que seu mamilo direito estava se invertendo que decidiu procurar um médico. Pouco antes do Natal de 2024, veio a confirmação: ele estava com câncer no tecido mamário.
++ Tecnologia de inteligência artificial cria nova forma de ganhar dinheiro passivamente
Morador de New Cross, em Londres, Mat vive com sua noiva Rachel. O diagnóstico foi ainda mais surpreendente por ser uma condição rara em homens, especialmente em alguém com menos de 60 anos. Exames revelaram que o câncer já havia se espalhado para os linfonodos, coluna e ossos, transformando o nódulo inicial em múltiplas lesões.
++ Jovem de 21 anos morre após confundir sintomas com gripe comum e família faz alerta
Mat iniciou quimioterapia imediatamente, mas o primeiro tratamento não apresentou os resultados esperados. Após novos exames, os médicos identificaram crescimento dos tumores, o que levou à adoção de uma nova abordagem com o medicamento Enhertu — uma combinação de quimioterapia com terapia alvo, indicada para casos de câncer metastático.
Com o novo protocolo, os resultados foram positivos: as metástases na coluna desapareceram e os tumores no peito reduziram em até 40%. Embora precise seguir com o tratamento a cada três semanas pelo resto da vida, Mat afirmou que atualmente não há sinais ativos da doença em seu corpo.
Ao saber da gravidade da condição, Mat decidiu mudar seu estilo de vida. Pediu demissão e passou a realizar uma lista de desejos, viajando com Rachel e visitando restaurantes renomados. O casal planeja se casar em fevereiro do próximo ano.
Antes do tratamento com Enhertu, o câncer já havia comprometido 21 áreas da coluna, além da pelve, caixa torácica e costelas. A resposta positiva ao novo tratamento trouxe esperança, mesmo sem a cura definitiva. Mat descreve seu estado atual como um “limbo do câncer”.
Ele faz questão de conscientizar outros homens sobre a importância de observar alterações no corpo. “Homens também têm tecido mamário. Precisamos eliminar o tabu em torno da palavra ‘m4m4’”, disse. “Detectar cedo pode salvar vidas.”

