Tyler Scott, de 13 anos, foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin em estágio 4 depois de passar um ano ouvindo que os sintomas eram resultado de uma simples amigdalite. O adolescente, morador de Gosport, no condado de Hampshire, na Inglaterra, agora enfrenta um tratamento agressivo contra o câncer, que se espalhou por várias partes do corpo.
A mãe, Charley Hemming, de 33 anos, conta que percebeu os primeiros sinais no verão de 2024, ao notar caroços no pescoço do filho. “Os médicos inicialmente acharam que estava relacionado às amígdalas, mas meu instinto de mãe sabia que havia algo mais”, relatou em entrevista ao The Sun.
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Durante meses, Tyler passou por consultas e exames, mas os resultados não apontavam um diagnóstico definitivo. “Os exames de sangue estavam irregulares. Mostravam que ele estava anêmico, mas sem respostas concretas”, afirmou Charley. Em maio de 2025, após uma viagem de família aos Estados Unidos, o adolescente foi levado às pressas ao pronto-socorro quando começou a apresentar cansaço extremo.
Na mesma data, exames de tomografia e raio-X revelaram a presença de tumores. Poucas semanas depois, em 7 de julho, veio a confirmação: o câncer estava em estágio avançado. “Acreditei que fosse linfoma, mas fiquei em choque quando disseram que era estágio 4. Como isso não foi detectado antes?”, questionou a mãe.
Hoje, Tyler tem nódulos cancerígenos espalhados pelo rosto, nariz, garganta, clavícula, axilas, baço e ombro esquerdo. Um dos tumores está localizado próximo ao coração. O adolescente iniciou a quimioterapia em junho, antes mesmo de saber o tipo exato de câncer, e já passou por seis sessões, além de oito transfusões de sangue. Ele deve começar as sessões de radioterapia no próximo mês.
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“É muito difícil mentalmente, porque estou vendo meu filho de 13 anos sem vida. Se ele não está no hospital para o tratamento, está internado porque pegou alguma infecção. Nossa vida virou de cabeça para baixo. Estamos olhando para o desconhecido”, desabafou Charley.
Charley, que está afastada do trabalho sem remuneração, disse que a família também enfrenta dificuldades financeiras devido às constantes idas ao hospital. Mesmo assim, tenta manter o otimismo. “Tyler continua sendo o menino mais positivo que já conheci. Ele é tão resiliente e tão forte”, contou.
O adolescente, que era atleta de cheerleading e chegou a competir internacionalmente, precisou se afastar das atividades. “Ele amava pescar, mas agora não pode mais por causa das bactérias. Tem que ser tratado como se fosse de vidro, quando sempre foi um menino aventureiro”, lamentou a mãe.
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Tyler é o mais velho de quatro irmãos, Kenny, de 10 anos, Nyla, de 8, e Aaloiah, de 6, que ainda tentam compreender o que está acontecendo. “Durante as férias de verão ele estava em tratamento, então mal conseguimos fazer algo com as crianças. É muito difícil, porque estamos o tempo todo indo e vindo do hospital”, disse Charley.
Os médicos informaram que há sinais de resposta positiva à quimioterapia, com áreas do abdômen apresentando remissão. Ainda assim, Charley mantém cautela. “Mesmo dizendo que é curável, há muitos riscos. Pode voltar, pode se espalhar, ou ele pode reagir mal à quimio. De seis rodadas, apenas duas correram bem. É exaustivo, mas eu não posso parar. Tento ser positiva, mas sei que qualquer coisa pode acontecer”, afirmou.
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