
O corpo de Charlotte Leader, de 23 anos, foi descoberto em estado avançado de decomposição em seu apartamento em Bolton, no norte da Inglaterra, no dia 5 de agosto de 2025. A jovem estava deitada em sua cama, coberta por um edredom, e as autoridades acreditam que ela tenha morrido mais de um ano antes da descoberta. A última atividade registrada em seu celular foi uma conversa com um chatbot de inteligência artificial, datada de 30 de julho de 2024.
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A perícia indicou que o grau de decomposição impediu a identificação de uma causa específica para a morte. O patologista Dr. Andrew Coates, do Royal Bolton Hospital, afirmou que a análise baseou-se em evidências digitais e no estado do corpo. Charlotte vivia isolada há anos, e a última vez que teve contato com a família foi em setembro de 2021.
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Durante a audiência sobre o caso, o assistente de legista Stephen Teasdale destacou que Charlotte sofria de problemas psicológicos há muito tempo e havia interrompido o tratamento em 2022. A mãe, Chantay Simm, revelou que tentou procurá-la diversas vezes, sem sucesso, enquanto vizinhos relataram nunca tê-la visto sair de casa.
A irmã de Charlotte, Caroline Calow, contou que ela enfrentava distúrbios alimentares desde criança, como bulimia. Apesar disso, o apartamento estava limpo e organizado, sem sinais de uso de medicamentos ou substâncias ilegais, conforme constatado pelo detetive Paul Quinn. Ele também encontrou alimentos vencidos desde julho de 2024 e uma grande quantidade de correspondências acumuladas.
As mensagens no celular da jovem revelaram que ela mantinha interações apenas com um chatbot, sem nenhum contato humano. A última conversa girava em torno de comida, e demonstrava frustração com seus hábitos alimentares. O tom das mensagens era sempre o mesmo: solitário e angustiado.
Sem provas suficientes para indicar a causa exata da morte, o legista optou por um veredicto aberto. A família prestou homenagens emocionadas, destacando o talento e a sensibilidade de Charlotte, que tocava instrumentos musicais e era apaixonada por arte.
A trágica história de Charlotte evidencia os efeitos devastadores do isolamento social e da negligência com a saúde mental, ressaltando a importância de manter conexões humanas e buscar ajuda especializada.

