Pouco antes de ser atingido fatalmente durante uma grande operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, o sargento do Bope Herbert Carvalho da Fonseca, de 39 anos, enviou uma breve e tocante mensagem para sua esposa, Jessica Michele. “Estou bem. Continua orando”, escreveu ele, sem imaginar que essas seriam suas últimas palavras.
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Jessica compartilhou a troca de mensagens em suas redes sociais, revelando a tensão do momento. Ela perguntou se o marido estava bem e disse que estava orando por ele. Em resposta, Herbert pediu que ela seguisse em oração. Depois disso, ele não respondeu mais, o que aumentou a angústia da esposa.
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Nas mensagens seguintes, Jessica demonstrou desespero ao perceber o silêncio do marido. “Te amo. Cuidado, pelo amor de Deus. Muitos baleados. Amor, me dá sinal de vida sempre que puder”, escreveu. Pouco depois, ela recebeu a notícia da morte de Herbert, um momento devastador para toda a família.
Em uma publicação emocionante, Jessica mostrou um print da conversa e desabafou sobre o impacto da perda para a filha do casal, Sofia, que fez aniversário no mesmo mês da tragédia. “Outubro, mês do aniversário da minha filha. E para o resto da vida ela vai lembrar do paizinho dela”, escreveu a viúva.
Herbert serviu por 17 anos na Polícia Militar e era admirado pelos colegas por sua bravura e comprometimento. Jessica contou que ele costumava dizer que “tinha uma senha nas mãos” toda vez que um colega morria em serviço. “Ele dizia que, quando chegasse a vez dele, estaria fazendo o que mais amava. E a gente nunca acredita… esse dia chegou”, lamentou.
Outro policial do Bope, Cleiton Serafim Gonçalves, também perdeu a vida na mesma operação. Ambos foram homenageados pela corporação e receberão promoções póstumas em reconhecimento ao trabalho prestado ao Estado.

