Durante uma megaoperação no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil encontrou uma mansão de luxo usada por membros do Comando Vermelho. Apelidado de “Oásis do CV”, o local contrastava com a realidade da comunidade e chamou atenção pelo alto padrão de construção, revelando o poder e a organização da facção criminosa.
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O imóvel contava com piscina revestida com azulejos importados, área gourmet com churrasqueira embutida, suítes com ar-condicionado e acabamento em porcelanato. A decoração incluía móveis modernos, sistema de iluminação sofisticado e televisores de última geração. Segundo os investigadores, o espaço era utilizado como ponto de encontro e descanso pelos chefes do tráfico da Zona Norte.
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A ação, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil, Militar e unidades de elite, teve como objetivo enfraquecer a estrutura logística da facção. O confronto foi intenso e resultou em 64 mortes e 81 prisões, incluindo 20 suspeitos diretamente ligados ao tráfico. Dois policiais civis também foram presos por supostamente vazar informações sigilosas ao grupo criminoso.
A operação começou ainda de madrugada, com helicópteros sobrevoando a região e veículos blindados invadindo as vielas. Moradores relataram longas horas de tiroteios e explosões. A ofensiva foi comparada à histórica operação de 2010, marcada por uma fuga em massa de criminosos.
Apesar do cerco, diversos integrantes do grupo conseguiram escapar por rotas alternativas. Foram encontrados túneis sob residências, passagens secretas entre muros e acessos subterrâneos que conectavam diferentes áreas da comunidade. Essas rotas foram essenciais para a fuga dos líderes da organização.
A descoberta do “Oásis do CV” evidenciou o nível de investimento e o planejamento da facção. Construído em um ponto estratégico e de difícil acesso, o local funcionava como centro de comando e abrigo para os chefes do tráfico. A perícia agora analisa os materiais apreendidos para identificar os responsáveis pela obra.
As investigações continuam com o objetivo de desmantelar toda a rede de apoio que possibilitou a existência do refúgio. O espaço, que simbolizava o domínio criminoso na região, está agora sob controle das autoridades e será cuidadosamente examinado para mapear as operações realizadas a partir dali.

