Uma mulher de 22 anos da Flórida está movendo uma ação judicial contra o Gabinete do Xerife do Condado de Polk, alegando ter sido coagida a se desculpar com o homem que a abusou durante sua infância. O caso, que tem gerado repercussão nacional, revela falhas graves no sistema de proteção infantil e na condução de investigações de crimes envolvendo menores.
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Identificada como Taylor Cadle, a jovem afirma que o xerife Grady Judd e a investigadora Melissa Turnage ignoraram suas denúncias e a forçaram a assumir culpa por crimes que não cometeu. Segundo o processo, Taylor foi abusada por Henry Cadle, seu pai adotivo, por vários anos após ser colocada sob sua guarda. O caso foi levado à Justiça em outubro.
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Entre os 9 e 13 anos, Taylor teria sido vítima de abusos frequentes por parte de Henry. Ao relatar os acontecimentos a um membro da igreja, o caso foi comunicado às autoridades. No entanto, em vez de apoio, ela foi desacreditada e obrigada a escrever cartas de desculpas tanto ao agressor quanto a um policial, assumindo falsas culpas.
O processo afirma que as cartas foram escritas sob pressão, e que a investigadora chegou a afirmar que Taylor havia inventado as acusações. Em um acordo judicial, a jovem foi levada a confessar falsamente que havia feito uma denúncia mentirosa, em troca de liberdade condicional — o que incluía voltar a morar com os pais adotivos.
Posteriormente, Taylor conseguiu registrar imagens dos abusos e entregou o material à polícia. As provas levaram à prisão de Henry Cadle, que foi condenado em 2017 por agressão contra menor sob tutela e cumpre pena de 17 anos no sistema prisional da Flórida.
O Gabinete do Xerife negou todas as acusações, classificando o processo como uma tentativa de autopromoção. Em nota à revista People, afirmou que a investigação original foi conduzida com base nas evidências disponíveis à época.
Os advogados da vítima, no entanto, sustentam que ela foi duplamente vitimada: primeiro pelo agressor e depois pelas autoridades. A ação judicial busca compensações financeiras e destaca a necessidade urgente de mudanças no tratamento de vítimas de abuso infantil.

