
Satélite em órbita fornece conectividade para regiões remotas do Brasil (Foto: Instagram)
A Telebras firmou uma nova parceria estratégica com a empresa europeia SES, uma das maiores operadoras de satélites do mundo, para ampliar o acesso à internet em regiões remotas do Brasil. O acordo, assinado na terça-feira (4), visa levar conectividade de alta velocidade a locais onde as redes terrestres ainda não chegam, oferecendo uma alternativa robusta à Starlink, de Elon Musk.
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A SES, sediada em Luxemburgo, conta com uma frota global de satélites capaz de atingir cerca de 7,5 bilhões de pessoas. A colaboração com a Telebras inclui apoio técnico e estratégico para desenvolver soluções de comunicação voltadas a políticas públicas, com foco em inclusão digital e suporte a serviços governamentais essenciais.
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Diferente da Starlink, que utiliza satélites em órbita terrestre baixa (LEO), a SES opera na órbita média (MEO), entre 2.000 e 36.000 km da Terra. Essa posição permite uma cobertura mais ampla com menos satélites, embora a troca de dados entre eles ocorra com menos frequência. A tecnologia MEO também oferece velocidades de até 1 Gbps, superando as médias da LEO, embora com uma latência um pouco maior.
No Brasil, a SES já atua com a Telebras por meio do satélite SES-17, utilizado no programa GESAC, que fornece internet a escolas, unidades de saúde e órgãos públicos em regiões afastadas. Com o novo acordo, a colaboração será ampliada para atender também prefeituras e secretarias com maior demanda por conectividade.
Durante a COP30, que ocorrerá ainda este mês em Belém (PA), os primeiros testes da nova tecnologia serão realizados. Os satélites MEO da SES fornecerão conexão segura para o governo federal, auxiliando nas comunicações estratégicas e ações de segurança pública.
Embora o memorando de entendimento não tenha caráter vinculativo, ele representa um passo importante rumo à soberania digital do Brasil. O projeto pode marcar o início de uma nova fase na conectividade nacional, ajudando a reduzir a exclusão digital e levando internet de alta velocidade a áreas historicamente desconectadas.

