A tentativa de entender o que torna certas pessoas excepcionalmente inteligentes acompanha a humanidade há séculos. Ainda hoje, especialistas divergem sobre os critérios que definem um gênio. Craig Wright, professor da Universidade de Yale e autor de um curso sobre o tema, defende que genialidade vai além de talento nato ou boas notas escolares — ela está ligada ao impacto duradouro que alguém causa na sociedade. Segundo ele, indivíduos com inteligência elevada costumam compartilhar comportamentos específicos, respaldados por estudos científicos.
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Wright, que estuda mentes brilhantes há mais de vinte anos, afirmou à BBC que um gênio é alguém capaz de introduzir ideias originais que transformam o mundo de maneira concreta e sustentada. Em seu livro “Os Hábitos Secretos dos Gênios”, ele questiona a valorização excessiva de fatores como QI alto e desempenho escolar impecável, destacando que esses elementos nem sempre estão presentes em pessoas verdadeiramente geniais.
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Entre os comportamentos mais recorrentes em pessoas com habilidades cognitivas acima da média está a obsessão por um tema específico. Wright argumenta que grandes realizações não nascem de um único momento de inspiração, mas sim de um esforço contínuo movido por paixão intensa, que pode beirar a obsessão. Ele também critica a pressão imposta por pais que tentam moldar filhos prodígios, defendendo que a genialidade floresce melhor em ambientes que respeitam o ritmo individual.
Outro hábito comum é roer unhas, um comportamento associado à ansiedade e ao perfeccionismo. Pesquisas mostram que esse tipo de perfeccionismo pode estar ligado à busca por excelência, característica frequente em pessoas com alto desempenho intelectual. Ainda assim, especialistas alertam que o hábito pode indicar transtornos como TDAH e deve ser analisado com cuidado.
Pessoas com inteligência elevada também tendem a preferir ambientes silenciosos e trabalhar sozinhas. Estudos apontam que elas possuem maior sensibilidade sensorial, o que as leva a evitar estímulos excessivos. Além disso, falar sozinho — prática muitas vezes vista como estranha — pode ajudar na organização mental e no foco, segundo pesquisas de universidades americanas.
Embora esses quatro hábitos não sirvam como diagnóstico, eles oferecem pistas sobre como funciona a mente de indivíduos notáveis. Wright conclui que a genialidade é fruto de uma combinação rara de curiosidade, dedicação, sensibilidade e padrões de comportamento sutis.

