
Morder canetas pode ser um alívio automático para momentos de tensão. (Foto: Instagram)
O costume de levar canetas ou lápis à boca, especialmente em momentos de tensão, é mais comum do que se imagina. O psicólogo espanhol Luis Miguel Real explicou que esse comportamento é uma forma de aliviar rapidamente a pressão emocional, funcionando como um mecanismo de autorregulação do corpo.
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De acordo com Real, quando estamos diante de situações estressantes, o organismo produz energia que nem sempre pode ser descarregada fisicamente — como em ambientes de trabalho ou estudo. Morder objetos rígidos, como canetas, é uma forma de liberar essa energia acumulada, ainda que de maneira inconsciente.
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Esse tipo de comportamento se encaixa em um grupo de ações repetitivas que ajudam a aliviar o desconforto emocional momentaneamente. Tocando o cabelo, balançando as pernas ou mordendo objetos, a pessoa busca manter o controle em situações de ansiedade. No entanto, o psicólogo alerta que, se essas práticas se tornarem a única forma de lidar com as emoções, podem se transformar em dependência emocional.
Real também esclareceu que esse hábito não define traços fixos de personalidade. Morder canetas não significa necessariamente que alguém seja inseguro ou ansioso, mas sim que ainda não encontrou formas mais eficazes de lidar com o estresse e as emoções negativas.
Nem todo movimento com a caneta tem o mesmo significado. Levar o objeto aos lábios pode apenas indicar concentração ou ser um gesto automático. Por outro lado, mordidas fortes — que deixam marcas — podem sinalizar uma necessidade urgente de liberar tensão, semelhante ao ato de roer unhas ou apertar os dentes.
Apesar de não serem perigosos de imediato, esses hábitos podem causar tensão muscular e desgastes nos dentes. Além disso, quanto mais a pessoa recorre a esses gestos, mais o cérebro associa o ato ao alívio, reforçando o comportamento.
Para reduzir esse padrão, Real recomenda observar quando o gesto ocorre e substituí-lo por alternativas menos agressivas, como objetos macios ou técnicas de respiração. Atividades físicas leves e mudanças de postura também ajudam. O objetivo é treinar o corpo para tolerar o desconforto sem precisar de um alívio imediato.


