A história de Rosie, um tubarão-branco fêmea que morreu em 1997, voltou a chamar atenção após novas atualizações sobre sua preservação. O animal, capturado acidentalmente em redes de pesca de atum na costa da Austrália, foi sacrificado de forma controlada por não haver possibilidade de soltura. Desde então, seu corpo tem seguido um percurso curioso e, por vezes, polêmico.
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Inicialmente, Rosie foi mantida congelada com fins educativos e até passou por uma autópsia durante investigações sobre o desaparecimento de uma pessoa na área. Em 1998, ela foi adquirida pelo parque Wildlife Wonderland, que investiu cerca de R$ 1,7 milhão para transformá-la em atração, preservando-a em um tanque com formol.
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O parque funcionou até 2012, quando foi fechado e todos os animais vivos foram removidos. Rosie, no entanto, foi deixada para trás. O local passou a ser alvo de invasões, com vídeos mostrando pessoas vandalizando o tanque — atos que incluíram o arremesso de objetos pesados, como televisores, e tentativas de quebrar o vidro com martelos, o que representava risco extremo devido ao formol.
O destino de Rosie quase foi selado quando o dono do terreno considerou destruí-la por segurança. Porém, em 2019, o Crystal World Exhibition Centre interveio e transferiu o tanque para Devon Meadows, próximo a Melbourne. Tom, o novo responsável, é um entusiasta de história natural que decidiu preservar o animal por paixão e respeito à sua importância.
Tom contou ao jornal The Sun que cresceu cercado por animais e que, desde jovem, tentava preservar espécies. Para ele, descartar Rosie seria um desrespeito. “Quem não gostaria de ter um tubarão preservado no quintal?”, brincou.
O interesse público ressurgiu em 2018, após o youtuber Luke McPherson divulgar imagens do parque abandonado com Rosie ainda visível no tanque. O vídeo viralizou e revelou relatos de visitantes que tentaram extrair dentes do tubarão com ferramentas improvisadas.
Atualmente, Rosie está em exibição no estacionamento da empresa de Tom, que trabalha com cristais e fósseis. Ele afirma que nunca cobrou entrada para ver o tubarão e reforça a importância de proteger essas criaturas e seus habitats naturais.


