
Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, teve pedido de liberdade após prisão durante operação da PF. (Foto: Instagram)
Os advogados de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, solicitaram nesta quarta-feira (19/11) a revogação da prisão preventiva do empresário, detido no dia anterior durante a Operação Compliance Zero. A ação investiga um esquema de fraude financeira estimado em R$ 12 bilhões, que resultou na liquidação extrajudicial do banco. A defesa entrou com habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), e o caso está sob análise da desembargadora Solange Salgado da Silva.
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Os advogados argumentam que a decisão judicial não apresenta provas concretas e individualizadas que justifiquem a prisão de Vorcaro, e defendem que o afastamento das funções seria suficiente para evitar riscos. Eles também destacam que não há nenhum processo formal no Banco Central contra o Master.
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A tentativa de venda do banco ao BRB por R$ 2 bilhões foi barrada pelo Banco Central em setembro. Após a negativa, o Master teria adotado medidas de reestruturação e seguia cumprindo seus compromissos, segundo a defesa. A liquidação extrajudicial, decretada pelo BC, impede o banco de operar, o que, segundo os advogados, elimina qualquer risco de novas infrações por parte de Vorcaro.
Daniel Vorcaro foi preso no Aeroporto de Guarulhos ao tentar embarcar em um jato particular. A Polícia Federal suspeita de fuga para Malta, mas a defesa afirma que o destino final era Dubai, com o objetivo de captar investidores, em uma viagem previamente informada ao BC. O plano de voo incluía Malta apenas para reabastecimento, já que a aeronave não possui autonomia para ir direto ao Oriente Médio.
O empresário é representado por um grupo de renomados advogados, incluindo Ciro Rocha Soares, Pierpaolo Cruz Botini e Roberto Podval. O Ministério Público Federal já se manifestou contra a liberação de Vorcaro, defendendo a manutenção da prisão preventiva.
As investigações apontam que o Banco Master emitiu cerca de R$ 50 bilhões em títulos, dos quais R$ 12 bilhões não tinham respaldo em ativos líquidos. A estratégia para cobrir o rombo teria sido a associação irregular com uma sociedade de crédito direto, inflando o patrimônio com carteiras de crédito fictícias revendidas ao BRB.

