
Fuzileiros navais dos Estados Unidos participam de treinamento tático no Caribe durante operação militar coordenada pelo SOUTHCOM. (Foto: Instagram)
Apesar das declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do líder venezuelano Nicolás Maduro sobre uma possível abertura para o diálogo, os militares norte-americanos seguem com manobras que sugerem uma preparação para ações mais diretas no Caribe. Desde agosto, os EUA reforçaram sua presença na região com navios de guerra, caças F-35, marines e o porta-aviões USS Gerald R. Ford.
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O governo Trump justifica a mobilização como parte de uma estratégia contra o narcotráfico. No entanto, mudanças recentes na política de segurança passaram a tratar alguns cartéis como organizações terroristas, o que abre caminho legal para ações militares fora do território americano. Um dos alvos é o cartel de Los Soles, que Trump acusa Maduro de liderar. O Departamento de Estado anunciou que o grupo será reconhecido como organização terrorista internacional.
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Até agora, os EUA realizaram 21 ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas no Caribe e no Pacífico, sem apresentar provas públicas. Paralelamente, os exercícios militares têm se intensificado em várias regiões da América Latina, com destaque para treinamentos de guerra na selva, desembarques táticos e simulações de combate com munição real. Essas atividades são coordenadas pelo Comando Sul (SOUTHCOM), com base em Porto Rico.
A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) emitiu um alerta de segurança para a área de San Juan, indicando risco potencial na região até fevereiro de 2026. Recentemente, o navio USS Iwo Jima serviu de plataforma para marines realizarem simulações de infiltração por rapel no Caribe.
Desde setembro, os EUA também realizaram exercícios conjuntos com Chile, Equador e Panamá. Neste último, os treinamentos ocorreram em três regiões diferentes, com foco em sobrevivência em ambientes de floresta tropical. Outro exercício está previsto para acontecer em Trinidad e Tobago entre 16 e 21 de novembro.
Além disso, foi anunciada a Operação Lança do Sul, liderada pelo SOUTHCOM e pela Força-Tarefa Conjunta Southern Spear. Segundo o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, a missão visa combater o narcotráfico e proteger o hemisfério ocidental. Embora divulgada oficialmente, detalhes sobre a operação ainda não foram revelados.

