
Donald Trump aperta a mão do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman durante reunião oficial na Casa Branca. (Foto: Instagram)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira (18/11) o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em relação ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, ocorrido em 2018 no consulado saudita em Istambul. Durante um encontro oficial na Casa Branca, Trump afirmou que o príncipe “não sabia de nada” sobre o crime e pediu que o assunto não fosse abordado de forma a constranger o visitante.
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A declaração de Trump ocorreu após uma repórter da ABC questionar bin Salman sobre sua responsabilidade no caso. O presidente interrompeu a jornalista e minimizou a polêmica, dizendo que “podemos deixar por isso mesmo”. Apesar de um relatório da CIA de 2021 apontar o príncipe como o responsável pela ordem do assassinato, ele nunca foi formalmente responsabilizado.
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Mohammed bin Salman, por sua vez, classificou o assassinato como um “erro grave e doloroso”, reforçando que a Arábia Saudita tomou todas as providências necessárias para investigar o caso. Ele também afirmou que o país trabalha para evitar que episódios semelhantes voltem a acontecer.
Durante a visita, Trump anunciou que a Arábia Saudita planeja investir cerca de US$ 600 bilhões nos Estados Unidos, além da compra de caças F-35, o que gerou preocupações dentro do próprio governo americano. Autoridades temem que a venda possa desestabilizar o equilíbrio militar no Oriente Médio e afetar a relação com Israel.
Antes do início da guerra na Faixa de Gaza, Arábia Saudita e Israel estavam em processo de aproximação diplomática, com mediação dos EUA. No entanto, as conversas foram interrompidas com o conflito, e Riad condiciona sua retomada à criação de um Estado Palestino — proposta que Trump rejeita veementemente.

