O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (14/11), a suspensão das tarifas de 40% que incidiam sobre diversos produtos agrícolas brasileiros. A medida, oficializada por ordem executiva do presidente Donald Trump, beneficia itens como carne bovina, cacau, café, frutas, vegetais e fertilizantes, que agora poderão entrar no mercado americano sem a cobrança adicional.
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Essa decisão vem na esteira de uma flexibilização anterior, quando Washington já havia retirado tarifas globais de 10%. No entanto, parte do setor agropecuário brasileiro ainda enfrentava a taxação mais alta até agora. A mudança ocorre após diálogo entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, o que impulsionou as tratativas bilaterais.
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A nova regra, válida para produtos que entraram nos EUA a partir de 13 de novembro, contempla uma ampla lista de alimentos e insumos brasileiros. Entre os produtos agora isentos estão diversos tipos de carne bovina, frutas tropicais como coco e abacaxi, sucos cítricos, café, chá, especiarias, cacau e derivados, além de fertilizantes. Já setores como o de máquinas agrícolas, veículos, têxteis e siderurgia continuam sujeitos à tarifa adicional.
Apesar do gesto de aproximação, o governo Trump mantém o estado de emergência que justificou a imposição das tarifas. A Casa Branca ainda pode reavaliar os tributos, caso considere que o Brasil não esteja cumprindo exigências americanas. Órgãos como o Departamento de Comércio e o Conselho de Segurança Nacional permanecem encarregados de monitorar a situação.
Importadores que pagaram tarifas indevidamente poderão solicitar reembolso junto à Alfândega americana. A medida é vista como um alívio para o agronegócio brasileiro, que vinha pressionando o governo Lula por uma resposta mais firme. Economistas avaliam que a isenção pode reduzir preços no mercado dos EUA, especialmente no setor de alimentos.
O chanceler Mauro Vieira afirmou que o Brasil já havia apresentado uma proposta geral aos EUA no início do mês, com expectativa de um acordo inicial até dezembro. Segundo ele, a próxima etapa depende de uma resposta americana. A sinalização de Trump, transmitida por Marco Rubio, é de que o impasse deve ser resolvido rapidamente para preservar a relação com o Brasil.

