
Encontro decisivo: Zelensky e Trump discutem proposta de paz entre Ucrânia e Rússia. (Foto: Instagram)
O governo ucraniano informou nesta quinta-feira (20/11) que recebeu um rascunho de proposta de paz enviado pelos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump. De acordo com o gabinete de Volodymyr Zelensky, o plano pode representar uma nova oportunidade para a diplomacia, embora traga exigências controversas, como concessões territoriais à Rússia, que já foram rejeitadas anteriormente por ambos os lados.
++ Renda passiva turbo: copie o sistema de IA que está fazendo gente comum lucrar
Zelensky pretende conversar com Trump nos próximos dias para debater os pontos centrais da proposta e discutir as possibilidades de um acordo que encerre o conflito. O comunicado oficial destaca que a Ucrânia está aberta ao diálogo, mas ressalta a importância de preservar sua soberania e integridade territorial.
++ Pai que esqueceu filha em carro quente e aguardava sentença morre um dia antes de se entregar
Segundo informações da imprensa internacional, o plano dos EUA sugere que a Ucrânia e seus aliados reconheçam a soberania russa sobre a Crimeia, Donbass e outras áreas atualmente sob ocupação. Em contrapartida, Kiev receberia garantias de segurança dos Estados Unidos e de países europeus, além da formação de uma zona desmilitarizada nas regiões de retirada ucraniana.
O projeto também prevê a redução pela metade das forças armadas ucranianas e o fim do acesso a armamentos de longo alcance. Tropas estrangeiras seriam proibidas de operar no território ucraniano, e o idioma russo passaria a ter status oficial no país. Adicionalmente, as sanções contra Moscou seriam suspensas.
Reportagens do Axios e do Wall Street Journal revelam que a linha de frente nas regiões de Kherson e Zaporozhye seria congelada, e que a Rússia devolveria apenas parte dos territórios ocupados. No Donbass, a Ucrânia teria que ceder toda a área, incluindo cidades sob seu controle, como Sloviansk e Kramatorsk, para a criação de uma nova zona desmilitarizada.
Outro ponto polêmico do plano é a proposta de um modelo de “aluguel” dos territórios, no qual Moscou pagaria pelo controle das regiões, mantendo a titularidade legal com Kiev. A elaboração do documento teria sido conduzida pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, em negociações diretas com o representante russo Kirill Dmitriev, sem envolvimento inicial da Europa ou da própria Ucrânia.

