
Crianças caminham entre escombros na Faixa de Gaza após anos de conflito. (Foto: Instagram)
O Conselho de Segurança da ONU aprovou, na última segunda-feira (17/11), o plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a reconstrução da Faixa de Gaza. A resolução foi aprovada com 13 votos favoráveis e duas abstenções — China e Rússia — e marca um passo importante para consolidar o cessar-fogo firmado entre Israel e Hamas após dois anos de conflito.
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O documento autoriza o envio de uma força internacional de estabilização, que terá como missão garantir a segurança, supervisionar fronteiras, coordenar a ajuda humanitária e liderar o processo de desmilitarização do território palestino. A medida era considerada fundamental por países árabes e muçulmanos interessados em contribuir com tropas.
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Após intensas negociações, o governo dos EUA aceitou incluir no texto um compromisso explícito com a autodeterminação do povo palestino — exigência de países árabes. A versão final da resolução estabelece que, após reformas na Autoridade Palestina e progresso na reconstrução de Gaza, poderão surgir condições reais para a criação de um Estado palestino.
Essa inclusão, no entanto, foi criticada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que se declarou contrário a qualquer iniciativa que leve à formação de um Estado palestino. A resolução também prevê a criação de um Conselho de Paz, órgão de transição que poderá ser liderado pelo próprio Trump.
A força internacional terá autorização para usar “todas as medidas necessárias” para cumprir seu mandato, o que inclui ações militares. O plano também estabelece que as tropas estrangeiras atuarão em conjunto com uma força policial palestina treinada por elas, com apoio do Egito e de Israel.
À medida que a força internacional assumir o controle do território, as tropas israelenses deverão se retirar de Gaza, respeitando cronogramas vinculados ao avanço da desmilitarização. A autorização da ONU vale até o fim de 2027.
A resolução foi aprovada poucos dias depois de a Rússia apresentar uma proposta alternativa, que previa diretamente a criação de um Estado palestino e rejeitava o Conselho de Transição. Mesmo assim, Moscou optou por se abster e não vetou o plano americano, permitindo seu avanço.

