
Defesa de Daniel Vorcaro rebate acusações da Operação Compliance Zero. (Foto: Instagram)
A equipe jurídica de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, divulgou uma nota neste sábado (22/11) rebatendo todas as acusações feitas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Compliance Zero. Segundo os advogados, não há fraude de R$ 12 bilhões e as medidas cautelares determinadas pela Justiça se baseiam em suposições equivocadas.
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Vorcaro foi detido na última terça-feira (18/11), acusado de envolvimento na comercialização de carteiras de crédito supostamente irregulares com o Banco de Brasília (BRB). A Polícia Federal afirma que os títulos negociados não tinham lastro real e violavam normas de compliance, em uma operação que conta com a participação do Ministério Público Federal.
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De acordo com a defesa, as carteiras vendidas ao BRB não foram criadas pelo Banco Master, mas adquiridas de terceiros que emitiram as Cédulas de Crédito Bancário (CCBs). Essas operações, consideradas comuns no mercado financeiro, permitiam a complementação da documentação em até 180 dias. As garantias contratuais previam substituições ou recompra em caso de falhas.
Os advogados ressaltam que todas as transações foram registradas na B3 e que, ao detectar irregularidades, o Banco Master notificou o BRB e iniciou a substituição espontânea das carteiras com problemas. A nota também menciona que o BRB e o Banco Central confirmaram a substituição ou liquidação de mais de R$ 10 bilhões em títulos, o que representa 85,5% do valor inicialmente questionado.
A defesa sustenta que, se houvesse alguma irregularidade grave, o Banco Central teria instaurado processo punitivo contra Vorcaro ou contra a instituição, o que não ocorreu. Para os advogados, os indícios demonstram que não houve tentativa de obter vantagem ilícita e que a acusação de fraude é infundada.
Eles também criticam as decisões judiciais que resultaram na liquidação extrajudicial do Banco Master, alegando que a operação policial comprometeu a venda da instituição a um grupo internacional, já protocolada junto ao Banco Central.
A PF suspeita de um esquema de emissão de títulos sem respaldo real, que teriam sido vendidos a bancos como o BRB, violando normas de governança. A Operação Compliance Zero investiga crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e formação de organização criminosa.

