Pesquisadores do Children’s Hospital of Philadelphia anunciaram um feito inédito: um bebê com apenas alguns meses de vida teve seu DNA modificado por meio de terapia genética personalizada, numa primeira aplicação desse tipo em humanos.
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O menino nasceu com uma deficiência metabólica rara e grave — a chamada deficiência de carbamoil-fosfato sintase 1 (CPS1) — que impede o organismo de converter amônia em ureia, levando a acumulação tóxica e risco de morte.
Em um prazo extraordinariamente curto — seis meses após o diagnóstico — os médicos desenvolveram uma terapia sob medida, usando técnicas de edição genética, para corrigir a mutação responsável pela doença. O resultado inicial é promissor: o bebê está reagindo bem e crescendo normalmente, algo que antes parecia impossível.
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Os especialistas destacam que o caso representa um divisor de águas na medicina personalizada. Até agora, editar genes diretamente em humanos ainda era algo experimental e altamente restrito; agora, vimos que a ciência avançou até o limiar de curar doenças genéticas antes mesmo que elas se manifestem plenamente.
Contudo, o feito também levanta enormes questões éticas: quais os riscos de edição genética em humanos tão jovens? Qual a consequência a longo prazo? E até onde podemos ir no “controle” do DNA humano sem cruzar linhas morais perigosas? A comunidade científica permanece alerta.
Para as famílias que convivem com doenças raras sem tratamento, esse avanço representa esperança real — não apenas para este menino, mas para futuros pacientes que poderão se beneficiar de terapias similares. Ainda há um longo caminho até a aprovação em larga escala, mas a porta está aberta.

