Durante entrevista coletiva após sua participação no encontro do G20, o presidente Lula se manifestou neste domingo (23/11) sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Lula destacou que não costuma comentar decisões judiciais, mas ressaltou que Bolsonaro teve garantido o direito à presunção de inocência e que o processo se estendeu por mais de dois anos e meio, envolvendo investigações, delações e julgamento.
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Lula afirmou que, após esse longo processo, a Justiça tomou sua decisão e que agora ela deve ser cumprida. O presidente brasileiro reforçou que todos sabem o que Bolsonaro fez e, por isso, não vê necessidade de continuar comentando o assunto.
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O presidente também respondeu à declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que classificou a prisão de Bolsonaro como uma “pena”. Lula minimizou o impacto da fala e reforçou que o Brasil é um país soberano, cuja Justiça toma decisões de forma independente. “O que é decidido aqui está decidido”, afirmou.
A prisão de Bolsonaro ocorreu na manhã de sábado (22/11), por ordem de Moraes, que apontou risco de fuga. O ex-presidente foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanece detido. Entre os motivos citados para a prisão estão a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica, admitida pelo próprio Bolsonaro, que tentou danificar o equipamento com um ferro de solda.
Outro fator que pesou na decisão foi a convocação de uma vigília por parte do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente. Para Moraes, o ato poderia servir como distração para uma eventual fuga do pai para alguma embaixada.

