
Almir Garnier, durante apresentação como comandante da Marinha do Brasil, antes de sua prisão. (Foto: Instagram)
Almir Garnier, que comandou a Marinha do Brasil, foi detido nesta terça-feira (25/11) pela Polícia Federal enquanto se exercitava em uma academia localizada no Comando do 7º Distrito Naval, em Brasília. A prisão ocorreu como parte das investigações sobre uma conspiração golpista, e Garnier foi condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado.
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O ex-comandante será mantido preso na Estação Rádio da Marinha, situada na região de Santa Maria (DF). A sentença refere-se à sua participação ativa em um plano para desestabilizar a ordem democrática no país, conforme apontado pelas autoridades.
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O processo judicial apontou cinco crimes cometidos por Garnier: envolvimento em organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio da União e destruição de bem tombado. As acusações foram fundamentadas em provas e delações colhidas durante a investigação.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Garnier foi o único entre os três chefes das Forças Armadas que teria colocado efetivamente as tropas sob seu comando à disposição do então presidente Jair Bolsonaro, para apoiar a tentativa de ruptura institucional.
O almirante, segundo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, demonstrava entusiasmo com a possibilidade de uma intervenção militar. A PGR destacou que esse apoio logístico da Marinha foi um dos elementos centrais do plano golpista.
Além de Garnier, outros militares de alta patente também foram alvos de mandados judiciais nesta terça, entre eles o general Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, ambos já condenados por envolvimento na mesma trama.
A prisão de Garnier representa um marco importante na responsabilização de agentes públicos que atentaram contra a democracia brasileira, e reforça o papel das instituições no enfrentamento de ameaças ao Estado de Direito.

