
Flávio Bolsonaro chega à sede da Polícia Federal, em Brasília, para visitar o pai, Jair Bolsonaro, detido desde sábado (22/11). (Foto: Instagram)
Durante entrevista nesta terça-feira (25/11), o senador Flávio Bolsonaro (PL) demonstrou irritação após ser interrompido por uma repórter enquanto explicava a situação do presidente Jair Bolsonaro, detido desde sábado (22/11) na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A jornalista mencionou que Bolsonaro teria violado a tornozeleira eletrônica, o que provocou uma reação imediata de Flávio.
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O senador rebateu a repórter, dizendo que ela deveria agir como jornalista e não como militante, e afirmou que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de prender seu pai, já havia sido tomada antes da publicação de um vídeo convocando uma vigília em frente à casa de Bolsonaro.
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Segundo Flávio, o vídeo em questão já havia alcançado 62 mil visualizações em menos de 15 minutos, o que, para ele, indica que a decisão judicial foi tomada com antecedência, independentemente da gravação. Ele pediu mais atenção aos fatos e criticou os jornalistas por não perceberem esses detalhes.
No vídeo divulgado no sábado (21/11), Flávio afirma que o Brasil está sob o controle de “ladrões, bandidos e ditadores” e conclama a população a reagir para libertar o país. A fala foi interpretada por Moraes como parte de uma estratégia semelhante à usada por grupos que tentaram um golpe de Estado em 2022.
O ministro apontou que Flávio utilizou métodos de milícia digital para espalhar mensagens de ódio e convocar apoiadores a irem até a casa do presidente. Por isso, a ação foi considerada como incitação e ameaça às instituições democráticas.
Apesar disso, Moraes autorizou que os filhos do presidente, Carlos e Flávio Bolsonaro, o visitassem nesta terça-feira. Já Jair Renan, vereador de Balneário Camboriú (SC), tem visita marcada para quinta-feira (27/11), entre 9h e 11h.

