Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro alegam que sua detenção recente foi orquestrada como uma artimanha política para desviar a atenção de um escândalo financeiro maior: o da liquidação abrupta do Banco Master, cujo ex-dono Daniel Vorcaro foi preso na mesma semana.
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Segundo os apoiadores, a prisão serve como “cortina de fumaça” para abafar as investigações sobre a instituição bancária, que teria emitido CDBs fraudulentos e causado prejuízos bilionários ao erário público.
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O jornalismo que tem acompanhado o caso aponta que o vínculo entre o Banco Master e figuras do Judiciário — passando por familiares de ministros — alimenta ainda mais as teorias de conspiração. Publicações nas redes sociais chegaram a registrar mais de 400 mil interações no primeiro dia após o anúncio da prisão.
Em nota oficial, o ministro Alexandre de Moraes — que decretou a prisão preventiva de Bolsonaro — afirmou que a ação decorreu de violações à tornozeleira eletrônica e indícios de fuga. No entanto, para os bolsonaristas, o timing da prisão é revelador: ela teria sido acionada logo após o Banco Master vir à tona na mídia.
Especialistas em direito e economia alertam que, embora haja sobreposição entre as duas investigações, ainda não há provas públicas de que a prisão de Bolsonaro tenha relação direta com o caso do banco. “São hipóteses, e nenhuma delas deve dispense apuração rigorosa”, comenta um advogado criminalista.
Enquanto isso, o caso do Banco Master segue sob investigação da Polícia Federal e do Banco Central do Brasil, que bloqueou bens e decretou a liquidação extrajudicial da instituição. Para analistas, a combinação de política, mercado financeiro e redes de poder torna o episódio um símbolo da interdependência entre sistema bancário e aparatos estatais no Brasil.

