
Catarina Kasten, professora da UFSC, foi vítima de feminicídio em trilha na Praia do Matadeiro, em Florianópolis. (Foto: Instagram)
Giovane Correa Mayer, de 21 anos, foi preso na última sexta-feira (21/11) em Florianópolis (SC), acusado de assassinar a professora de inglês Catarina Kasten durante uma trilha. Além disso, ele é apontado como suspeito de ter estuprado uma mulher idosa em 2022, quando ainda era menor de idade. Na época, o caso foi arquivado sem a identificação de um culpado. Com a nova acusação, a Polícia Civil de Santa Catarina decidiu reabrir a investigação do crime ocorrido três anos atrás.
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Quando o estupro da idosa aconteceu, Giovane tinha 17 anos e chegou a ser ouvido como testemunha, mas as apurações foram encerradas sem responsabilização. Agora, com a prisão por feminicídio, a polícia vê indícios que podem ligar os dois crimes. A vítima mais recente, Catarina Kasten, de 31 anos, era professora e pesquisadora na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Catarina desapareceu na manhã de sexta-feira, após sair de casa rumo à Praia do Matadeiro. Seu companheiro estranhou a demora e iniciou as buscas. Por volta do meio-dia, soube que pertences dela haviam sido encontrados na trilha e acionou a Polícia Militar. Giovane foi preso e confessou o crime, afirmando ter atacado a vítima durante o trajeto.
O laudo do Instituto Médico Legal apontou que a causa da morte foi asfixia por estrangulamento. Também foram encontrados sinais de violência sexual. A prisão do suspeito reacendeu o debate sobre segurança em trilhas e áreas isoladas da cidade.
Catarina era pós-graduanda em estudos linguísticos e literários na UFSC e tinha formação em Letras Inglês. Ela já havia cursado engenharia de produção e atuado no Centro Acadêmico do curso. No sábado (22), amigas e colegas organizaram um protesto refazendo o caminho da trilha para exigir justiça e segurança.
A UFSC divulgou nota oficial lamentando a perda, condenando a violência contra mulheres e pedindo investigação rigorosa. O Ministério Público de Santa Catarina ainda não informou se já recebeu o inquérito ou se apresentou denúncia formal contra o acusado.

