Um tipo de crime virtual tem causado impactos devastadores entre adolescentes, com consequências fatais. Trata-se da “sextorsão”, uma forma de chantagem que se espalha por redes sociais e aplicativos de mensagens. Jovens são alvos preferenciais desses criminosos, que usam manipulação emocional e ameaças para obter imagens íntimas.
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O caso de Bryce Tate, de apenas 15 anos, ilustra a gravidade desse golpe. Após retornar da academia no dia 6 de novembro, ele recebeu mensagens de um número desconhecido. Três horas depois, foi encontrado sem vida no escritório do pai, vítima da pressão psicológica imposta pelos criminosos.
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Os golpistas se passaram por uma adolescente de 17 anos, fingindo interesse amoroso e demonstrando saber detalhes íntimos da vida de Bryce. Eles mencionaram sua escola, amigos e até a academia que frequentava, o que ajudou a criar uma falsa sensação de confiança. Segundo o pai do garoto, os criminosos já haviam enganado outra jovem da região e usaram imagens dela para convencer Bryce a enviar fotos íntimas.
Logo após receberem o conteúdo, os golpistas mudaram o tom: passaram a ameaçar divulgar as imagens, exigindo 500 dólares para manter o sigilo. Bryce, que tinha apenas 30 dólares, tentou negociar, mas os criminosos intensificaram a pressão. Em apenas 20 minutos, ele recebeu 120 mensagens, o que gerou um estado de desespero extremo.
Adam Tate, pai de Bryce, afirma que o ocorrido não pode ser tratado apenas como suicídio. Para ele, trata-se de um assassinato psicológico, causado por indivíduos cruéis e manipuladores. O caso de Bryce não é isolado. Segundo o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, os casos de sextorsão aumentaram drasticamente em 2025.
As táticas usadas exploram o medo, a vergonha e o isolamento. Especialistas recomendam que pais conversem abertamente com os filhos sobre os riscos de compartilhar imagens íntimas, mesmo em situações aparentemente seguras. É essencial que os jovens saibam que não estão sozinhos e que devem procurar ajuda imediatamente.
Autoridades reforçam que, ao ser vítima desse tipo de crime, a orientação é não pagar os criminosos, registrar provas e buscar apoio de adultos e da polícia. A história de Bryce serve como alerta sobre o perigo real e presente da sextorsão, que se disfarça de conexão emocional para atacar os mais vulneráveis.

