Três dias antes de ser preso, o influenciador digital Samuel Sant’Anna, conhecido como Gato Preto, apresentou sua defesa em uma ação judicial movida por um policial militar. O processo não está relacionado à prisão recente do influenciador, mas sim a um episódio anterior ocorrido em uma delegacia do Rio de Janeiro.
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Na ocasião, Gato Preto foi levado à delegacia após um simulacro de arma de fogo ser encontrado com seu segurança. Lá, ele teria fotografado o rosto do policial sem autorização e publicado a imagem nas redes sociais com a legenda “sai pra lá seus perrequeiro”. O PM alega ter sofrido humilhação, constrangimento e prejuízo emocional, e pede R$ 30 mil por danos morais, além de uma retratação pública.
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Na contestação, o influenciador argumenta que apenas exerceu seu direito de crítica a um servidor público, destacando que a imagem foi feita em local público e mostra o policial em serviço. Ele afirma que a frase usada foi uma expressão sobre a situação vivida, e não uma ofensa pessoal.
Gato Preto também sustenta que a crítica a agentes públicos faz parte do debate democrático e que não houve intenção de difamar, caluniar ou injuriar. Segundo ele, o policial não apresentou provas de que a publicação tenha gerado danos reais à sua imagem ou carreira, o que invalidaria o pedido de indenização.
Além disso, o influenciador considerou o valor solicitado como exagerado e desproporcional, alegando que a quantia sugerida poderia configurar enriquecimento ilícito por parte do policial.
Apesar de ter apresentado sua defesa no dia 11 de novembro, Gato Preto não compareceu à audiência de conciliação marcada para o dia seguinte. Ele havia solicitado participar de forma remota, alegando morar em São José dos Campos, enquanto a audiência aconteceria no Rio de Janeiro.
Com a ausência do influenciador, o policial pediu que ele seja declarado como réu revel. Caso isso ocorra, os fatos narrados na ação serão presumidos como verdadeiros, o que pode complicar ainda mais a situação judicial de Gato Preto.

