Crystal Portsmouth, de 50 anos, mãe de cinco filhos e profissional da assistência social no Reino Unido, enfrentou por anos dores intensas, fadiga extrema e sangramentos abundantes. Apesar das constantes visitas ao médico, seus sintomas foram repetidamente atribuídos à perimenopausa e a miomas uterinos, comuns em mulheres da sua faixa etária.
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Ela apresentava menstruações dolorosas, anemia persistente e um cansaço contínuo que impactavam sua rotina. Como tratamento, foi-lhe sugerido o uso de ferro e o dispositivo intrauterino Mirena, com a expectativa de conter os sintomas. No entanto, a situação piorou, com o surgimento de infecções urinárias frequentes e a manutenção do sangramento intenso.
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Mesmo com o agravamento do quadro, os médicos não investigaram mais profundamente, optando por retirar o dispositivo e indicar terapia hormonal. Crystal passou a enfrentar episódios constrangedores no trabalho devido à intensidade dos sangramentos, o que a obrigava a levar roupas extras para evitar situações embaraçosas.
Sete anos antes do diagnóstico, ela teve um episódio marcante em um supermercado, precisando sair às pressas por conta de um sangramento. Mesmo assim, a única recomendação médica foi repetir o uso do dispositivo intrauterino. A anemia se tornou crônica, tratada apenas com suplementos de ferro.
Em abril de 2023, Crystal desmaiou no trabalho, o que levou à realização de exames mais detalhados, incluindo uma biópsia da medula óssea. Em julho de 2024, veio o diagnóstico: mieloma múltiplo, um tipo de câncer no sangue incurável, porém controlável. Desde então, ela passou por quimioterapia e um transplante de células-tronco, e atualmente está em remissão.
Crystal revisou seus registros médicos e percebeu que os sinais estavam presentes há anos, como infecções recorrentes, anemia, fadiga e até problemas de pele. Ela admite que ficou em negação quando o câncer foi cogitado, pois sempre lhe disseram que os sintomas estavam ligados apenas a questões hormonais.
Hoje, ela colabora com a organização Myeloma UK, que busca conscientizar sobre os desafios do diagnóstico precoce da doença. Crystal reforça: “Ouça seu corpo e não desista de buscar respostas quando algo não parece certo”.

