
Walter Yeo antes e depois da cirurgia reconstrutiva pioneira realizada pelo cirurgião Harold Gillies, durante a Primeira Guerra Mundial. (Foto: Instagram)
Durante a Primeira Guerra Mundial, inúmeros combatentes retornaram do front com cicatrizes que iam muito além das lesões visíveis. As experiências traumáticas e os ferimentos graves deixaram marcas profundas, exigindo soluções médicas inovadoras para oferecer uma nova chance de vida a esses sobreviventes.
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Um dos casos mais emblemáticos foi o do marinheiro britânico Walter Yeo, que sofreu ferimentos severos durante a Batalha da Jutlândia, em 1916. Ele perdeu as pálpebras e sofreu queimaduras intensas no rosto, o que o deixou com os olhos permanentemente desprotegidos.
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Em 1917, Yeo passou a ser tratado por Sir Harold Gillies, um cirurgião visionário que viria a transformar a medicina. Gillies utilizou uma técnica revolucionária para a época: o enxerto de pele com pedículo, que mantinha o tecido vivo enquanto era moldado para reconstruir o rosto do paciente.
O procedimento foi um marco na história da medicina, sendo considerado um sucesso por restaurar parcialmente a aparência de Yeo. Mais do que uma conquista médica, o feito de Gillies representou um avanço na forma como a ciência podia ajudar vítimas de guerra a recuperar a autoestima e seguir em frente.
A técnica desenvolvida por Gillies não só beneficiou outros soldados feridos, mas também serviu de base para o desenvolvimento da cirurgia plástica como conhecemos hoje. Seu trabalho pioneiro demonstrou que a medicina também é uma ferramenta poderosa de reconstrução emocional e social.

