Guarujá abre sindicância para apurar assédio sexual contra secretário de Comunicação

A Prefeitura de Guarujá instaurou, em 22 de dezembro, um processo administrativo para investigar a denúncia de assédio sexual contra o secretário de Comunicação, Paulo Henrique Siqueira. A acusação foi feita por uma servidora municipal que registrou queixa na Ouvidoria-Geral e na Polícia Civil, após relatar comentários e gestos de cunho sexual no ambiente de trabalho.

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A vítima, de 26 anos, ingressou na Secretaria de Comunicação em março deste ano e, depois de ser transferida para a função de secretária do titular, passou a sofrer investidas indevidas. Segundo relato obtido pela Ouvidoria, as investidas começaram cerca de um mês depois, com comentários sobre seu corpo e publicações em redes sociais, tentativas de beijo sob o pretexto de cumprimentos e insinuações constantes.

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Mesmo após a funcionária deixar claro seu desconforto e pedir respeito, os episódios persistiram, principalmente de forma verbal e na presença de colegas. Ela relata ter chegado a temer novas abordagens e aponta que não há troca de mensagens escritas que comprovem as investidas, dificultando o registro de provas.

O episódio mais grave, segundo o boletim registrado em 22 de dezembro na Delegacia de Guarujá, ocorreu no dia 15: ao chamá-la em seu gabinete para elogiá-la, o secretário pediu que ela fizesse um “tour” para observar melhor suas roupas, constrangendo-a. O caso foi classificado como assédio sexual consumado, previsto no artigo 216-A do Código Penal.

Procurado pela reportagem, Paulo Henrique Siqueira negou todas as acusações, alegou que alguém tentou se passar por ele em contato anterior e afirmou ter registrado boletim para investigar a fraude. Ele disse confiar que a sindicância da prefeitura, aberta imediatamente, e sua defesa provarão a inexistência dos atos.