
Microagulha utilizada na injeção intracitoplasmática de espermatozoides durante fertilização in vitro, com análise auxiliada por inteligência artificial. (Foto: Instagram)
A imprevisibilidade ainda marca o caminho de quem busca auxílio médico para engravidar. Apesar dos avanços na fertilização in vitro (FIV), variáveis como resposta hormonal, qualidade dos óvulos e número ideal de ciclos continuam incertas. Nesse contexto, ferramentas de inteligência artificial (IA) começam a atuar como reforço para profissionais e pacientes.
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No Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida, em São Paulo, especialistas reforçaram que o uso de IA na área não é recente, mas atingiu novo patamar de precisão nos últimos cinco anos, segundo o ginecologista José Pedro Parise Filho, do Einstein Hospital Israelita.
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Embriologistas ainda contam com análise visual e experiência para selecionar óvulos, espermatozoides e embriões, o que mantém estáveis as taxas de sucesso da FIV ao longo dos anos. A IA chega para padronizar avaliações e detectar padrões invisíveis ao olho humano.
Algoritmos auxiliam triagem para ovodoação, análise de gametas, escolha embrionária e previsão de resultados clínicos. Mesmo com softwares comerciais que estimam probabilidades de sucesso, falta comprovação de impacto efetivo nos nascidos vivos.
Incubadoras time-lapse oferecem registros contínuos dos embriões e modelos preditivos, mas apresentam eficácia entre 60% e 70%, segundo o presidente eleito da SBRA, Roberto de Azevedo Antunes. Ainda há necessidade de validação antes da adoção geral.
No planejamento do estímulo ovariano, ferramentas de IA sugerem doses personalizadas de medicação. Embora tragam ganhos em casos selecionados, são usadas apenas como suporte clínico, nunca isoladamente, pelas limitações de validação.
A IA também gera “escore de viabilidade”, prevendo a chance de gravidez de cada óvulo ou embrião com base em grandes bancos de dados. Ainda é preciso demonstrar, cientificamente, o benefício real frente ao custo elevado dessas tecnologias.

