
Ursa polar adota filhote alheio em caso raro no Ártico canadense (Foto: Instagram)
Monitoramento de rotina no Ártico canadense revelou um comportamento raríssimo entre ursos-polares: a fêmea catalogada como X33991 foi registrada criando um filhote que não era seu, algo pouco documentado na espécie.
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A ursa pertence à subpopulação da Baía de Hudson Ocidental, estudada há quase 50 anos para analisar deslocamento, alimentação e taxas de sobrevivência. Nesse período, pesquisadores acompanharam cerca de 4.600 ursos. A Polar Bears International, ONG dedicada à conservação, confirmou que casos assim são extremamente escassos.
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Inicialmente, em primavera, o GPS indicava que X33991 cuidava de apenas um filhote, padrão comum na espécie. Dias depois, novas imagens e dados de campo mostraram a mesma ursa acompanhada de dois filhotes com idade semelhante, reforçando a hipótese de adoção, já que raramente nascem gêmeos.
A adoção entre ursos-polares é excepcional devido à intensa competição por alimento e à alta demanda energética. Segundo especialistas, as mães são naturalmente preparadas para cuidar de filhotes e podem atender ao choro de um pequeno perdido. Este é o 13º caso confirmado em quase meio século de observações, fugindo ao comportamento esperado.
Embora o cuidado materno aumente as chances de sobrevivência, dados históricos apontam que apenas três filhotes adotados chegaram à fase adulta. As causas desse fenômeno ainda não estão totalmente esclarecidas, destacando a complexidade da vida no Ártico.
Os dois filhotes atuais têm entre 10 e 11 meses, estão saudáveis e devem permanecer com a mãe por cerca de mais um ano e meio, aprendendo a caçar focas no gelo marinho. Pesquisadores também pretendem realizar testes genéticos para verificar o paradeiro da mãe biológica.

