A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira (22/7) que o cantor Oruam será indiciado por associação ao tráfico de drogas e outros crimes, como resistência com agravante, danos ao patrimônio público e desacato. A decisão veio após uma operação policial realizada na noite anterior, que tinha como objetivo apreender um adolescente acusado de roubo, conhecido como Menor Piu, que estaria abrigado na casa do artista.
Segundo o delegado Felipe Curi, Oruam tem ligação direta com a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e fugiu para o Complexo da Penha após o episódio. Em vídeo publicado nas redes sociais, o cantor teria feito uma espécie de confissão ao desafiar as autoridades. Curi ainda destacou que Oruam é filho de Marcinho VP, apontado como um dos chefes do CV, mesmo preso em um presídio federal fora do estado.
Durante a operação, a polícia cercou a casa de Oruam em busca do adolescente. O cantor reagiu, convocando seguidores nas redes sociais e ofendendo os agentes. A situação se agravou quando pessoas próximas ao artista lançaram pedras contra os policiais, ferindo um deles. O menor conseguiu escapar ao abrir a porta da viatura e fugir a pé. Apesar da tensão, os agentes decidiram não atirar.
Posteriormente, a polícia entrou no imóvel e prendeu um dos envolvidos na confusão. Ele responderá por resistência, desacato, lesão corporal e danos ao patrimônio. Oruam reapareceu em outro vídeo no Complexo da Penha, reforçando que sua casa havia sido cercada por mais de 20 viaturas.
O cantor, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, é conhecido por fazer referência ao pai e a Elias Maluco, outro traficante condenado, em tatuagens e homenagens. Apesar das acusações, o advogado de Oruam ainda não se pronunciou.