Logan Gifford, de Las Vegas, vive uma história familiar dramática e complexa. Após anos cuidando de seu irmão mais novo, que possui necessidades especiais, ele conquistou recentemente a custódia legal temporária da criança. No entanto, uma dúvida angustiante paira sobre essa relação: o menino seria, na verdade, seu filho biológico, fruto de um abuso cometido por sua própria mãe?
Em 2015, aos 16 anos, Logan denunciou sua mãe, Doreene Gifford, por abuso contínuo desde os 10 anos. O caso resultou na condenação de Doreene por tentativa de agressão, e libertinagem com menor de 14 anos. Ela foi sentenciada a 8 a 20 anos de prisão, embora tenha mantido sua inocência por meio de um acordo judicial conhecido como “Alford plea”.
Durante o período em que a mãe esteve encarcerada, Logan assumiu os cuidados do irmão mais novo. Com o tempo, passou a desconfiar de que o menino poderia ser fruto da violência íntima que ele próprio sofreu. Para esclarecer essa dúvida, Logan solicitou um teste de DNA. O resultado, porém, trouxe mais incertezas: o exame apontou 99,9% de probabilidade de paternidade tanto para Logan quanto para seu pai biológico, Theodore Gifford.
Essa ambiguidade se deve ao fato de que pais e filhos, bem como irmãos, compartilham aproximadamente 50% do DNA, tornando difícil distinguir entre as duas relações genéticas com um teste padrão. O juiz responsável pelo caso, Vincent Ochoa, reconheceu a complexidade da situação e adiou qualquer decisão até que testes genéticos mais avançados sejam realizados.
Enquanto isso, Logan permanece como guardião legal do menino e afirma que sua prioridade é o bem-estar da criança, independentemente do vínculo biológico. A próxima audiência está marcada para 24 de setembro, quando o tribunal poderá decidir os próximos passos na investigação da paternidade.
O caso continua gerando comoção e levanta questões profundas sobre trauma, responsabilidade e os limites da ciência genética na resolução de dilemas familiares.